quinta-feira, 19 de julho de 2012

Poesia: Ainda que seja noite, o sol existe

Autor: Ademilson Marques de Oliveira

 

Ainda que seja noite, o sol existe

 

Além da janela,
Não vejo paz,
Por que será?

Será que nós não teremos jamais?

Além da janela,
Não vejo riqueza,
Por que?
Por que tanta pobreza?

Além da janela,
Não vejo segurança,
E por que querem que
Tenhamos confiança?

Além da janela,
Vejo marginalização,
Será que essas pessoas
Não merecem educação?

Além da janela,
Vejo o homem destruindo a natureza,
E eu pergunto a eles:
Por que destruir toda essa beleza?

Para os que sofrem,
Pedimos clemência.
Até quando vamos ter
Que aguentar tanta violência?

Além da janela,
Vejo um mundo cruel,
Será que algum dia
Vamos merecer o céu?

Além da janela,
Rola uma pergunta no ar.
Quando tudo isso,
Irá acabar?

Além da janela,
Há uma esperança a buscar,
Porque mesmo na escuridão,
O sol há brilhar.


"Esta poesia foi pensada em 2003 e com ela fiquei com o 1º lugar no Concurso Literário do Instituto de Filosofia Dom Felício - CEARP - de Ribeirão Preto, SP, Brasil."

Por que destruir o que é belo?

Autor: Ademilson Marques de Oliveira

 

Da vida, o que sei da vida?
Da vida, o que você sabe?
O amor é cheio de vida,
De gosto de querer crescer.

Por que destruir o que é belo?
Mudar o seu jeito de ser;
Manchar o direito à vida,
Sem vida não dá pra viver.

Drogas, palavra maldita
Com drogas jamais irás vencer,
Com drogas, você se acaba aos poucos.
E morre sem perceber.

Pra que drogas?

Autor: Ademilson Marques de Oliveira

 

Pra que drogas

 

Amigos, peço cuidado,

Das drogas devem evitar,

Amigos tenham cautela

façam a vida dilatar.

 

O caminho para o buraco,

É mais curto, podem crer.

Procurem fugir da morte,

O melhor mesmo é viver.

 

Temos tantas coisas boas,

Que devemos cultivar,

Pra que drogas em nossas vidas,

Se elas podem nos matar.

 

sábado, 7 de abril de 2012

O Existencialismo de Sartre

Autor: Ademilson Marques de Oliveira

O Existencialismo de Sartre

Para Sartre, nada pode esmagar o homem, nada lhe vem de fora, ou de dentro, que deva simplesmente aceitar ou receber. O homem não tem uma natureza que deva necessariamente seguir. O homem não é um ser, mas um fazer e a sua única condenação é a de ter de se fazer até os seus últimos detalhes.
Todo o "sartrismo" parece está baseado num enorme equívoco, numa leitura deficiente ou má compreensão da obra da Heidegger. É o próprio Heidegger quem observa em seu trabalho "Carta sobre o humanismo": "Sartre enuncia o princípio fundamental do Existencialismo da seguinte maneira: a existência precede a essência. Toma, portanto, existência e essência no sentido da metafísica que, desde Platão, afirmava que a essência precede a existência. Ora, a inversão de um enunciado metafísico continua a ser um enunciado metafísico. com isto, ele se aprofunda no pensar metafísico do esquecimento do ser".
Parece que Sartre em lugar de integrar e fundamentar o homem no ser procurou ao contrário resumir o ser na realidade humana. Talvez esse primeiro e grande equívoco filosófico, segue-se toda a atitude do existencialismo de Sartre, com sua noção atrofiada da liberdade e da situação humana, com o evidente menoscabo das dimensões da cultura e da história, e com sua concepção ateísta do destino do homem.
Penso que não foi muito esclarecido o modo como Sartre defende que, apensar de defender a liberdade radical e que a existência precede a essência, portanto, que criamos os valores, mesmo assim, o existencialismo é um humanismo. Ele fala de uma moral existencialista.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Reflexões sobre o ser

Autor: Ademilson Marques de Oliveira

Reflexões sobre o SER


Diferente de Descartes, que define ideias como atos do pensamento, e do conceito de Kant, que diz que ideias são meros entes do nosso pensamento, ou entes da razão. A ideia platônica é algo real. Mais do que isso: as ideias platônicas são o que há de mais real, são os princípios supremos de toda a realidade. As ideias platônicas são realidades supremas, que contém as formas das coisas sensíveis. Elas são protótipos que encerram em si o sentido mais próprio de tudo quanto percebemos. Segundo Platão, nada do que está sujeito à geração e à corrupção pode constituir o ser das coisas em sentido mais próprio. Podemos dizer que as coisas que percebemos têm um ser, mas não é o ser. O devir só é enquanto vem a participar das ideias.

Platão atribuiu as suas ideias a um estatuto de realidade transcendente, da mesma forma como Sócrates considerava a alma. Segundo Platão a ideia só pode ser aprendida por aquilo que em nós lhe é mais semelhante, isto é, pela alma. Assim como o homem é fundamentalmente a alma, as coisas sensíveis são, em última análise, as ideias das quais elas participam.

Ainda Platão considerava o movimento como ideia. Diz-se que uma coisa se move (que está assim, sujeita aos movimentos), ela não o faz senão enquanto participa do gênero ou ideia do  movimento. Aqui está a refutação de uma segunda tese de Parmênides: o movimento existe e é um gênero ou ideia suprema pela qual podemos pensar o fato, inquestionável, de que as coisas (sensíveis) se movem.

Assim, enquanto um homem ainda não era gerado, mais vem a gerar-se, o seu movimento de geração participa da ideia de movimento. Isso faz com que um dado se possa transformar-se sem que, ao mesmo tempo, perca o seu atributo de ser, a saber, é ser enquanto movimento, isto é, como movimento, enquanto gênero ou ideia participa do ser.

Segundo a tese do diálogo existem cinco gêneros supremos: ser, mesmo (identidade), outro (alteridade), movimento (vir-a-ser ou devir) e repouso (imobilidade). Admitidos como seres os quatros últimos, o ser, tendo que ser dito de todos, absorve contra Parmênides, tanto a mobilidade do ser enquanto a sua multiplicidade. A teoria do não ser de Parmênides é relativizado, pois inegavelmente, quando dizermos que algo é outro, dizemos não ser homem e, assim, dizemos o que não é, mas não em sentido absoluto, mas relativamente a outro ser.

A Contribuição de Sócrates para a História da Metafísica

Autor: Ademilson Marques de Oliveira

A Contribuição de Sócrates para a História da Metafísica

A contribuição de Sócrates para a história da Metafísica é tanto negativo quanto positivo. A diferença entre esses dois pontos é que analisando o lado negativo percebemos que Sócrates não aceita a Teoria dos Físicos, fazendo assim seus sucessores, principalmente Platão e Aristóteles, que foram ousados aos buscar os princípios supremos das coisas além da natureza corpórea, abrindo caminho para o conhecimentos suprassensíveis. No entanto, a doutrina da alma de Sócrates apontava para uma visão nova e transcendente, na medida em que a alma socrática transcende o corpo, como uma entidade sobre natural e, ao menos incorpórea.

A partir da tese apontada por Sócrates sobre a Metafísica, Platão introduziu seus próprios pensamentos, numa perspectiva espiritualista totalmente nova, e é nela que Metafísica surgirá com todas as suas cores, num legado imortal para a história da disciplina. Porém, não podemos negar um forte apelo ético no pensamento de Platão, podendo assim afirmar que a ética é o verdadeiro centro gravitacional do seu pensamento. Sendo essa a sua marca fundamental, consequentemente sua tese é elevada importância, pois trata sobre a doutrina da transcendência da alma, (a alma da qual ele procurava demonstrar a imortalidade no Fédon). Isso mostra que Platão teria seguido os mesmos passos deixados por Sócrates, seu mestre, mas foi além do seu antecessor. Sócrates afirmou positivamente a existência de uma alma transcendente, ele criou outras ideias como os princípios de todas as coisas, defendendo, assim, outras realidades transcendentes.

Após a segunda navegação platônica é que se pode falar em imaterial, suprassensível e que nos possibilita o entendimento que o verdadeiro SER é constituído pela a realidade inteligível, segunda a fundamentação da metafísica, em Platão. 

O ser humano como indivíduo

Autor: Ademilson Marques de Oliveira
O ser humano como indivíduo
Nietzsche e Freud adotam como ponto de partida o ser humano como indivíduo e não como gênero antropológico ou conjunto de relações sócio-econômico-políticas.
Para Nietzsche, a religião cristã acaba enfraquecendo a vontade da vida ao enfatizar o sofrimento e disseminá-lo por meio da compaixão. Além disso, o incentivo a um comportamento de ovelhas de rebanho também acaba levando a uma fraca de vida, que não afirma a vontade diante do nada, mas se acovarda no medo e na culpa. Também a valorização da vida após a morte acaba servindo ao propósito de enfraquecer a vida. Esse tipo de deus que não responder ao niilismo e que promete uma solução redentora para todos, mas que nunca acontece, segundo Nietzsche, estaria morto.
Para Freud, a religião teria sido uma forma importante de reprimir os instintos destrutivos dos indivíduos e que poderiam destruir a capacidade humana da vida em sociedade. Na medida em que isso é vital para a espécie, a religião desempenhou um papel importantíssimo. No entanto, uma vez que a civilização tem outras maneiras de compensar a renúncia aos instintos, de explicar a natureza (diminuindo, assim, o medo e a ansiedade) e proteger o homem dos perigos naturais, a religião tenderia a perder seu lugar na cultura. Tendo origem não na experiência ou na razão, mas no desejo, a religião seria uma ilusão com os dias contados.


GESTÃO EDUCACIONAL: COMO OS SOFTWARES DE GESTÃO DE PESSOAS PODEM COLABORAR NO PROCESSO MEDIAÇÃO DE CONFLITOS?

  RESUMO O objetivo desse estudo é verificar se os softwares de gestão de pessoas colaboram na mediação de conflitos na gestão educacional. ...