Autor: Ademilson Marques de Oliveira
Para Kant, a vontade se equivalerá a lei moral em sua forma. O imperativo categórico é representado pela razão. Logo, uma vontade, a qual unicamente a simples forma legislativa pode servir de lei, ou seja, é uma vontade livre.
A autonomia é um conceito fundamental na filosofia kantiana e está relacionada com a capacidade do indivíduo de agir de acordo com uma lei moral que ele mesmo se impõe. Segundo Kant, a autonomia significa a capacidade de autolegislação, ou seja, a capacidade de estabelecer suas próprias regras morais e agir de acordo com elas, sem depender da influência externa. Para entender melhor o conceito de autonomia segundo a filosofia Kantiana, é importante compreender o que ele chama de imperativo categórico.
Kant defende que a moralidade deve ser baseada em princípios universais que são válidos para todos os indivíduos, independentemente de suas circunstâncias particulares. Esses princípios devem ser estabelecidos pela razão pura, e não por desejos ou interesses pessoais. O imperativo categórico é a expressão do dever moral que se impõe a todos os seres racionais. Ele diz que devemos agir de acordo com aquelas máximas que podem ser universalizadas, ou seja, aquelas ações que seriam aceitáveis se todos agissem da mesma forma em circunstâncias similares.
Para Kant, a autonomia surge quando somos capazes de agir de acordo com o imperativo categórico, seguindo nossas próprias leis morais, independentemente de qualquer influência externa. Para Kant, a autonomia não significa simplesmente agir de acordo com nossos desejos ou interesses individuais, mas sim seguir a lei moral que é posta pela razão pura. Ele defende que a verdadeira liberdade está na capacidade de agir de acordo com a lei moral que nós mesmos nos impomos, e não na liberdade de escolher entre diferentes opções. A autonomia, portanto, é a capacidade de agir de acordo com os princípios morais que são válidos para todos os seres racionais, sem depender de influências externas.
Segundo Kant, a autonomia é o fundamento da moralidade, pois é somente através dela que podemos agir de forma livre e racional, seguindo as leis morais que nós mesmos estabelecemos. Para alcançar a autonomia, é preciso que o ser humano desenvolva a sua capacidade de raciocínio e reflexão, a fim de estabelecer as suas próprias regras morais e agir de acordo com elas. Isso implica em reconhecer a universalidade das leis morais e agir de acordo com elas, mesmo que isso signifique ir contra os nossos desejos ou interesses pessoais.
A autonomia, portanto, está intrinsecamente ligada à ideia de responsabilidade moral. Quando agimos de acordo com as leis morais que nós mesmos estabelecemos, somos responsáveis por nossas ações e pelas consequências delas. A autonomia nos torna sujeitos morais, capazes de avaliar as nossas ações à luz da razão e do dever moral.
Em resumo, o conceito de autonomia segundo a filosofia Kantiana está relacionado com a capacidade do indivíduo de agir de acordo com as leis morais que ele mesmo se impõe, seguindo o imperativo categórico e a razão pura. A autonomia é a base da moralidade, pois é somente através dela que podemos agir de forma livre, racional e responsável, seguindo as leis morais que nós mesmos estabelecemos. É a capacidade de autolegislação que nos torna seres racionais e morais, capazes de agir de acordo com a razão e o dever moral.
