domingo, 8 de abril de 2018

Uma reflexão sobre as éticas: Filosófica e Psicanalítica


Autor: Ademilson Marques de Oliveira
professorfilosofoademilson@gmail.com


A ética na psicanálise é entendida como experiência de análise e não como conjunto de prescrições, ou determinação de estilos, não há ideal, não há exemplo a ser seguido, não há certeza de que aquilo que o sujeito estiver fazendo é a coisa certa a se fazer. Já não há nem a possibilidade de colocar semelhante questão porque, fazendo eco de Lacan, podemos dizer que não há garantia no Outro. Vale ressaltar que, a experiência no trabalho analítico “consiste em confrontar o sujeito do sintoma com o impossível do gozo”(Braunstein, 2017, 290).

Segundo o texto, do professor Peres, a ética filosófica está voltada para características de virtude, prudência, dever e felicidade. Já a Psicanálise está mais ligada ao prazer, ou seja, a ética do desejo. Será que o homem vive em busca do prazer? Penso que sim. Na condição de sujeito sexuado, o principio do prazer é o que norteia a conduta humana. Cottet, em 1999, p.152, diz o seguinte:

“A psicanálise não poderia preconizar nenhum “gozo sem limites, como temos visto, pois é preciso a limitação do prazer, o que permite ao sujeito aceder ao gozo. Mas que sua renúncia ao gozo desencadeie o exercício de uma crueldade contra si próprio, eis justamente o paradoxo que Freud, e depois Lacan, levaram em consideração para justificar a busca de uma ética do desejo”.

            Por outro lado, na imensa dimensão do estudo das humanidades, entre os diversos temas de alta complexidade, discutido e refletido na Filosofia e na Psicanálise, como o caso da: Coisa e a coisa. A Coisa, ou seja, em maiúsculo está ligada ao conceito freudiano, para se referir ao inconsciente. Por outro lado, a coisa, em minúsculo representa a questões filosóficas, como exemplos: a prudência e a virtude.

Para Freud, a Coisa ligada ao inconsciente está presente no comportamento do sujeito, sem que o mesmo o perceba. Assim, a Coisa é parte estranha. Já, as representações são os modos de relembrar, reconhecer, tornar familiar aquilo que se perdeu.

Na psicanálise é bom ter a clareza que, o sujeito do desejo enquanto ser sexuado demanda um erotismo na experiência ética, no sentido de ter que se haver com as suas zonas erógenas. Isso acontece por meio da imaginação e da articulação simbólica, através da elaboração de uma fantasia. Ressalta-se que, a fantasia sádica nos apresenta claramente uma relação com o objeto do desejo em que o prazer pode ser realizado de todos os modos possíveis e impossíveis sem que o objeto perca sua beleza.

Para a Psicanálise, o sujeito sustenta seu desejo através da rearticulação significante no simbólico e no imaginário, por meio do mecanismo da sublimação. Para Lacan, a sublimação não faz desaparecer o objeto sexual.

            Por outro lado, Freud em conformidade com Lacan, entende que a sublimação é pautada pela possibilidade de substituir o objeto da pulsão, que a rigor não tem objeto e, portanto, não está necessariamente fixada a nenhum em particular.

Porém, em relação à ética da psicanálise, enquanto experiência de análise, não há exemplos a ser seguido, não existe certeza de que aquilo que o sujeito estiver fazendo é realmente a coisa correta a ser feita. Portanto, Lacan, garante que não há garantia no Outro. 

Fonte:

PERES, Daniel Omar. A Ética da Psicanálise. Vitória-ES: UFES, Secretaria de Ensino à Distância, 2017.

quarta-feira, 4 de abril de 2018

Os Atos Falhos, segundo Freud


Autor: Ademilson Marques de Oliveira
professorfilosofoademilson@gmail.com


Resumo: De acordo a visão psicanalítica da Coisa, que significa aquilo que está ligado ao inconsciente. Por outro lado, a representação da coisa, em letra minúscula, cujo significado é as questões filosóficas, tais como, questões de: ética, prudência e virtude. Desta forma, pretende-se fazer uma reflexão sobre a Coisa freudiana, destacando os atos falhos, na vida cotidiana e suas causas, bem como diferenciá-los de possíveis sintomas semelhantes, que poderão ser ocasionados por algum tipo de lesão em alguma estrutura neurológica. Portanto, conclui-se que nem todos os atos falhos são trairagem do inconsciente, e que há outras possibilidades geradoras de lapso de memória, ou seja, de esquecimento.

Palavras Chaves: Atos Falhos; Freud; Psicanálise; Vida Cotidiana.

Introdução:
Ao estudarmos parte do inconsciente, na visão freudiana, percebemos a importância de buscarmos entender a diferença da Coisa em maiúsculo, da coisa em minúsculo. De um lado, é apresentada a visão psicanalítica; Do outro, a filosófica.
Posteriormente refletiremos sobre as possibilidades de sintomas de atos falhos. Para isso, exemplos da vida cotidiana serão apresentados. Além, de discutirmos as três de expressão do inconsciente, na visão de Freud.
Para este trabalho é proposto a seguinte questão problema: O que pode gerar atos falhos na vida do sujeito no dia-a-dia?
O objetivo desse trabalho é buscar identificar se há outras possibilidades que podem gerar sintomas parecidos com os atos falhos, devido resultados de um processo inconsciente suprimido.
Para este trabalho optou-se por uma metodologia de pesquisa bibliográfica, com base em livros, artigos e sites científico de pesquisa, voltado para área de Psicanálise.
Este trabalho é de relevância para quem quer entender os aspectos da vida cotidiana de Freud, em relação aos atos falhos.

Discussão e Resultados:
Diante de tanta complexidade no universo da Psicanálise, em busca de conhecimentos sobre nossas subjetividades, o nosso ser, deparamos com diversos termos e conceitos: talvez, simples; talvez, não... Mas que merecem bastante atenção. Por exemplo: qual a diferença entre coisa e Coisa? Será por que uma é escrita em minúsculo e a outra em maiúsculo?
A Coisa, ou seja, em maiúsculo está ligada ao conceito freudiano, para se referir ao inconsciente. Por outro lado, a coisa, em minúsculo representa a questões filosóficas, como exemplos: a prudência e a virtude.
Para Freud, a Coisa ligada ao inconsciente está presente no comportamento do sujeito, sem que o mesmo o perceba. Assim, a Coisa é parte estranha. Já, as representações são os modos de relembrar, reconhecer, tornar familiar aquilo que se perdeu.
Assim, visando ilustrar a ideia freudiana sobre a Coisa, voltaremos nossa interpretação os atos da vida cotidiana, atos falhos.
Desta forma, citaremos uma situação, onde o Sujeito, por diversas vezes foi percebido falando sozinho. Será que o comportamento de falar sozinho é uma representação consciente? Penso que não! Pois, parece ser algo estranho e, que foge do que é considerado normal no dia-a-dia, considerando se este comportamento for involuntário.
Outro fato importante, relacionado à Coisa Freudiana são os atos falhos. Eles aparecem muitas vezes como pequenos lapsos, esquecimentos de datas, coisas, horários e etc. Para Freud, os atos falhos são resultados de um processo inconsciente suprimido e que sua causa pode ser descoberta.
Na visão psicanalítica, entender os atos falhos é muito importante, pois nos permite identificar o que o sujeito está ocultando ou omitindo. É neste aspecto que percebemos que o sujeito é traído pelo seu inconsciente. Ele atrapalha o sujeito esconder suas verdadeiras intenções. 
Mas afinal, será que os atos falhos são simplesmente desvio de caráter? Penso que não. Talvez, possa ocorrer em decorrência de forte preocupação, ou pressão psicológica. Por exemplo: Uma mãe está com o filho em péssimas condições de saúde, e precisa levá-lo a um hospital com urgência, e ela se esquece de pegar os documentos ou o dinheiro para custear as obrigações. Isso, neste caso, não significa que ela deseja esconder alguma coisa, ou esqueceu o dinheiro por que não quer pagas as despesas, mas, sim, certamente esta ocorrência se deu devido à preocupação com o estado de saúde do filho.
É importante ressaltar também, que há deficiência como a agnosia, que poderá prejudicar o sujeito a reconhecer pessoas, inclusive familiares, bem como objetos conhecidos, o que, talvez, poderá ser confundido, ou interpretado como atos falhos. Isso acontece quando uma região do cérebro chamada de lobos occipitais é lesionada. Certamente, aqui também não consideraremos uma trairagem do inconsciente revelando coisas que o sujeito desejaria deixar oculto.
Para Freud, o inconsciente se expressa de três formas: sonhos, sintomas psicopatológicos e no cotidiano. Neste último é onde se identificam os atos falhos. Talvez, eles podem ser considerados um meio de realização dos desejos do inconsciente e do consciente em conjunto.
Freud entendia que esses eventos do cotidiano, tão comum, os atos falhos, são expressão do inconsciente. No entendimento do fundador da psicanálise, eles são formas de realização de um desejo negado, ou seja, aquilo que foi impedindo conscientemente foi manifestado de forma inconsciente.

Considerações finais:
Conclui-se através do estudo realizado para confecção deste trabalho que há outras hipóteses que podem desencadear sintomas, como pequenos lapsos, esquecimentos de datas, coisas, horários e etc.
Porém, para Freud, os atos falhos são resultados de um processo inconsciente suprimido, e que sua causa pode ser descoberta. Entretanto, eles podem ser analisados pelo psicanalista, se for relacionado a questões passionais, neuroses, ou seja, emocionais. Geralmente eles estão presentes no comportamento do sujeito, sem que o próprio o perceba.
Entretanto, salienta-se que o profissional deve se orientar, baseado na ética da psicanálise. No livro: A Ética na Psicanálise (2017), o professor, Daniel Omar Peres, fala orienta com deve entender a ética:
 Ela é entendida como conjunto de prescrições ou determinação de estilo, não há ideal, não há exemplo a ser seguido, não há certeza de que aquilo que o sujeito estiver fazendo é a coisa certa a se fazer. Já não há nem a possibilidade de colocar semelhante questão porque, fazendo eco de Lacan, podemos dizer que não há garantia no Outro.
Será qual é o objetivo da Psicanálise? Talvez, seja o de  ajudar o sujeito a se relacionar melhor consigo mesmo, com o outro, com a natureza e com o mundo, visando possibilitar aos pacientes uma alto reflexão sobre si mesmo, e encontrar caminhos de viver melhor.


Referencias bibliográficas:
BOCCA, Francisco Verardi. Paixões e Psicanálise: Dimensões Modernas da Natureza Humana. Vitória-ES: UFES, Secretaria de Ensino à Distância, 2017.
PERES, Daniel Omar. A Ética da Psicanálise. Vitória-ES: UFES, Secretaria de Ensino à Distância, 2017.
http://luzzianesoprani.com.br/site/os-atos-falhos/

quinta-feira, 22 de março de 2018

Análise do diálogo de Sócrates e Critão, baseado nos conceitos psicanalítico freudiano


 Autor: Ademilson Marques de Oliveira
professorfilosofoademilson@gmail.com

 

Resumo:
O presente artigo versará sobre a maneira de Sócrates entender o mundo a partir da análise do diálogo de Sócrates e Critão, relatado por Platão. A metodologia utilizada é o levantamento de dados bibliográficos, onde posteriormente foi feito um fichamento e finalmente a construção do texto. Pretende-se por meio de uma proposta ética relacionada com a psicanálise, entender a maneira de o filósofo compreender o universo e, de se relacionar com as pessoas, de viver a ética, a boa conduta e a justiça, a partir dos conceitos psicanalíticos freudianos. Conclui-se que a arte do viver bem, se dá com a aceitação da identidade, de saber se relacionar consigo mesmo, com outro, com natureza e com o mundo. Isso previne doenças de características emocionais, passionais, tais como: sintomas psicossomáticos, neuroses e outras.

Palavras chaves: Sócrates; Critão; Ética; Freud; Psicanálise.


Introdução:
A obra relatada por Platão, Diálogos Platônicos, em que mostra uma conversa entre Sócrates e Critão, revela que o pensamento do filósofo não mudou diante das circunstâncias que estava vivendo, ao ser preso, em uma cela, em Atenas.

Aproximou Sócrates as opiniões de Critão com as da multidão, quando este, numa tentativa desesperada de fazer o amigo mudar de ideia, na sua decisão de permanecer preso. Critão, inconformado com o acontecimento, propôs a Sócrates a possibilidade de fuga.

Porém, para o Filósofo, levar a cabo a paga do suborno e a fuga seria negar toda uma vida de justiça e virtude. Sendo assim, é fácil deduzir a ética socrática.

Alvo deste duplo conhecimento será a consecução da verdade que constituirá a norma suprema do reto proceder. Proceder de conformidade com o que se nos apresenta como verdade no foro da consciência, isto é, com a convicção. Portanto: ser verdadeiro, eis o critério da conduta, critério que se apresenta sob duas formas: “Forma objetiva: procede sempre em todas as relações da vida de conformidade com a verdade”. 

Distingue-se da moral como parte do todo, compreendendo o direito somente as leis cuja violação põe em perigo a ordem social. Distingue-se ainda pelo elemento força que se lhe acrescenta como sanção; o direito é moral sancionada pela força, assegurada coativamente pelo poder público.

Filosofar é aprender a morrer: São palavras de Sócrates. 

A maneira de Sócrates entender o mundo nos permeia até hoje, pois diversas pessoas, ainda defendem a “boa conduta”, e buscam viver norteados pelos princípios voltados para a ética e a justiça.

Para a realização desse artigo pensou-se a seguinte questão problema: Como analisar o diálogo de Sócrates com Critão baseados nos conceitos psicanalíticos?

A metodologia a ser utilizada na elaboração deste artigo será a documental, onde efetuaremos um levantamento bibliográfico de referências pertinente ao tema.

Ressalta-se que esse trabalho é de relevância para todos que buscam um conhecimento filosófico e reflexivo, voltado para a ética na psicanálise, ou seja, ligado aos conceitos psicanalíticos.

Resultados e discussão:
A obra relatada por Platão, Diálogos Platônicos, em que mostra uma conversa entre Sócrates e Critão, revela que o pensamento do filósofo não mudou diante das circunstâncias que estava vivendo. Apesar de seu amigo Critão lhe oferecer ajuda para fugir da cadeia, Sócrates mostrou o quanto seria injusto aceitar a proposta, pois para ele estaria negando seus próprios ensinamentos.

Para Sócrates a opinião da multidão não importava tanto quanto o agir, pois para ele o mais importante era não enganar a si mesmo. O compromisso para com a cidade que ele tanto admirava, as Leis, as quais ele jurou cumprir e a maneira em que acreditava não o deixava mudar de ideia. Aqui percebe-se a presença dos valores morais tradicionais.

Freud propõe justamente uma inversão de valores. Para ele será preciso uma resistência, sim, mas ao sacrifício. Resistir ao gozo sacrifical como imperativo: Não te sacrificarás! Esse é ponto de partida da transvaloração freudiana da tradicional moral.

Um dos objetivos da psicanálise é ajudar as pessoas a se relacionarem melhor consigo mesmo, com o outro, com a natureza e com o mundo. Neste sentido fica visível que, Sócrates estava, talvez, na plenitude do equilíbrio de mente e copo. 

Para Sócrates que sentido seria fugir da prisão para não morrer e fazer o contrário de tudo que ele pensava e ensinava? Quais os ensinamentos que teria para passar para os outros a partir daquele episódio? Nem seus filhos poderiam educá-los. Pensando no melhor para eles e para sua própria consciência decidiu ficar e aguardar a sentença final.

É importante ter em mente, que mesmo diante destes questionamentos, em relação aos conceitos psicanalíticos, o analista não pode emitir um juízo, rigorosamente falando, ele não pode ter opinião própria, nem mesmo julgamento. 

Segundo, o professor Daniel Omar Peres, no livro Ética da Psicanálise, de 2017, “O analista não está para saber ou entender, muito menos para explicar, mas para possibilitar um efeito perturbador”. 

Neste diálogo, interpreta-se que, Sócrates aproximou as opiniões de Critão com as da multidão, quando este, numa tentativa desesperada de fazer o amigo mudar de ideia na sua decisão. Enfim, para o presidiário, acatar as opiniões de Critão que postulava o plano de fuga seria o mesmo que cometer uma violência contra a pátria.

Para a Psicanálise, na visão de Peres, “aquelas figuras de tradição como modos de apresentação ideal, em que a obediência ao mandamento se coloca no estatuto do valor da virtude”.

E, quanto à flexibilidade das Leis, nunca houve dúvidas: sempre se permitiu a qualquer um dissuadi-las por vias legais, caso notasse o erro, também emigrar, quem não quisesse submeter. Ora, ao fujão ateniense juntaria, nas condições imaginadas, o agravante de ter vivido uma vida toda no torrão natal como um verdadeiro turrão: ou cego ou coxo sem jamais dali tirar as sandálias, sem nem pensar em mudar-se a outra cidade de seu agrado, nem a Creta ou a Esparta, vistas por ele como de boas leis. Assim, pela dialética socrática aplicada a ele mesmo, somos levados a crer que Sócrates gostava tanto de Atenas quanto de suas Leis, a ponto de submeter à soberania delas para gerar os seus filhos, assim como ele próprio fora educado é por intermédio das mesmas sentenças. 

Qualquer tentativa de destrui-las devia ser entendida, segundo essas condições, como injustiça, como uma desforra, à vista de gramáticas investidas da Lei sobre o réu. Note-se a retribuição vergonhosa de injustiça com injustiça, defendida por Critão e a qual foi trazida à luz pelo exame criterioso do filósofo sereno e correto.

O conhecimento é a finalidade do mundo. Antes de qualquer coisa, duas são as regras fundamentais da psicanálise, visando de uma boa qualidade de vida e saúde mental: conhecer-te a ti mesmo; segunda: conhecer a natureza.

Talvez, seja a partir desse duplo conhecimento, que o sujeito consegue tomar as melhores decisões na vida, pertinente aquilo que ele acredita, sem se deparar com sintomas de caráter passional, tais como: histeria, doenças psicossomáticas, neuroses e angustias.

Alvo deste duplo conhecimento será a consecução da verdade que constituirá a norma suprema do reto proceder. Mas, a verdade não a possuímos por inteira e completa. Então, o que fazer?  Proceder de acordo com que a natureza nos oferece... Proceder de conformidade com o que nos apresenta como verdade no foro da consciência, isto é, com a convicção. Portanto: ser verdadeiro, eis o critério da conduta ética em todas as profissões, critério que se apresenta sob duas formas: “Forma objetiva: procede sempre em todas as relações da vida de conformidade com a verdade. Forma subjetiva: procede sempre e em todas as relações da vida de conformidade com as tuas convicções” (Brito, 1905:25).

Filosofar é aprender a morrer: São palavras de Sócrates. Por outro lado, Freud, afirma, em seu texto reflexões para os tempos de guerra e morte (1915 vol. XIX): “se queres suportar a vida, prepara-se para a morte”. Há bastantes entendimentos que a pior morte, muitas das vezes são aquelas que se vivem em vida. Será que há vivos mortos? É bem capaz que existam bastantes, todos aqueles que vivem, mas não têm ideais, sonhos, motivações, animações, ou seja, espírito jovem, de certa forma, eles estão parcialmente mortos. 

A maneira de Sócrates entender o mundo nos permeia até hoje, pois as pessoas que lida bem com sua identidade, com seus ideais, vive uma realidade melhor, pois tendem a prevenir o surgimento de doenças de características emocionais.  


Considerações Finais:
Conclui-se que a arte do viver bem, se dá com a aceitação da identidade, de saber se relacionar consigo mesmo, com outro, com natureza e com o mundo. Isso previne doenças de características emocionais, passionais, tais como: sintomas psicossomáticos, neuroses e outras.



REFERÊNCIA BIBIOGRÁFICA:
BOCCA, Francisco Verardi. Paixões e Psicanálise: Dimensões Modernas da Natureza Humana. Vitória-ES: UFES, Secretaria de Ensino à Distância, 2017.

CORNFORD, F.M.: Estudos de Filosofia Antiga – Sócrates, Platão, Aristóteles, trad. Maria Angelina Ródo. Coimbra: Atlântida Editora, 1969.

MONDOLFO, RODOLFO: Sócrates, trad. Lycurgo Gomes da Motta. 2ª ed. São Paulo: Editora Mestre Jou, 1967.

JAIME, Jorge: História da Filosofia no Brasil – volume 1. Petrópoles, RJ: Vozes; São Paulo, SP: Faculdades Salesianas, 1997.

PERES, Daniel Omar. A Ética da Psicanálise. Vitória-ES: UFES, Secretaria de Ensino à Distância, 2017.

GESTÃO EDUCACIONAL: COMO OS SOFTWARES DE GESTÃO DE PESSOAS PODEM COLABORAR NO PROCESSO MEDIAÇÃO DE CONFLITOS?

  RESUMO O objetivo desse estudo é verificar se os softwares de gestão de pessoas colaboram na mediação de conflitos na gestão educacional. ...