Autor: Ademilson Marques de Oliveira
Desde 1987, o Brasil vem sendo palco do movimento de luta antimanicomial, que busca uma abordagem mais humanizada no tratamento das pessoas que sofrem de problemas mentais.
No dia 18 de maio é celebrado o dia nacional desse movimento, com diversas ações sendo realizadas em locais públicos, na mídia e nos ambientes de trabalho para conscientizar a sociedade sobre os avanços, desafios e obstáculos no campo da saúde mental. Apesar dos progressos conquistados com a reforma psiquiátrica, ainda existem cerca de 40 mil pessoas internadas em hospitais psiquiátricos no Brasil, a maioria em instituições privadas financiadas com recursos públicos. Muitas vezes essas pessoas se encontram em situações de abandono e são submetidas a tratamentos que violam seus direitos humanos.
O movimento antimanicomial propõe uma mudança no paradigma de internações prolongadas em hospitais psiquiátricos distantes dos centros urbanos. Ao invés disso, defende a criação de dispositivos próximos às residências das pessoas, formando uma rede de serviços diversificados para cuidar dos portadores de sofrimento psíquico. Essa abordagem tem se mostrado um importante instrumento de transformação no campo da reforma psiquiátrica e na construção do Sistema Único de Saúde (SUS).
Dentre as conquistas dessa reforma no Brasil estão os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), as residências terapêuticas e as oficinas de geração de renda, que proporcionam um ambiente mais acolhedor e inclusivo para as pessoas com problemas mentais. O processo de reforma psiquiátrica no país é resultado do esforço dos profissionais de saúde mental em diferentes esferas do poder público e também da sociedade civil, que têm trabalhado para disseminar os princípios e ideais desse movimento.
Por isso, é fundamental que psicólogos, psiquiatras e demais estudiosos da área continuem lutando por uma sociedade sem manicômios, onde os direitos de cidadania dos portadores de sofrimento psíquico sejam respeitados e a exclusão social seja combatida. Juntos, podemos promover uma mudança nas relações dentro das instituições sociais e construir um ambiente mais justo e acolhedor para todos.
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