sábado, 20 de junho de 2015

Refletindo juntos: a importância do diálogo entre aluno e professor na construção do pensamento crítico

 Autor: Ademilson Marques de Oliveira

Será quando que o ser humano começa a ser capaz de pensar? É possível desenvolver intelectuais sem permitir o diálogo entre o aluno e professor? Então, é importante dar voz ao aluno em sala de aula? 

É fundamental compreender que o ser humano começa a pensar desde o seu nascimento. No entanto, o desenvolvimento do pensamento crítico e reflexivo ocorre ao longo da vida, sendo influenciado por diversos fatores, como a educação, o ambiente em que se está inserido e as experiências vividas. 

A interação entre aluno e professor é essencial para o desenvolvimento intelectual do indivíduo. O diálogo constante permite que o aluno expresse suas ideias, questionamentos e dúvidas, contribuindo para a construção do conhecimento de forma mais significativa. Quando o aluno se sente parte do processo de aprendizagem e tem sua voz valorizada, ele se torna mais engajado e motivado a participar ativamente das aulas. Por isso, é importante dar voz ao aluno em sala de aula, principalmente nas disciplinas que estimulam o pensamento crítico, como a filosofia. 

A filosofia é uma área do conhecimento que promove a reflexão sobre questões fundamentais da existência humana, incentivando o pensamento autônomo e a busca por respostas para as grandes questões do ser humano. Ao permitir que o aluno participe ativamente das discussões filosóficas, ele desenvolve habilidades essenciais, como a capacidade de argumentação, a análise crítica de ideias e a defesa de pontos de vista. Além disso, o diálogo filosófico estimula a empatia, o respeito pela diversidade de opiniões e a tolerância diante das diferenças. 

A filosofia infantil tem ganhado destaque nos últimos anos, pois reconhece a importância de estimular o pensamento filosófico desde a infância. Essa abordagem busca promover o desenvolvimento cognitivo, emocional e social das crianças, por meio de atividades que estimulam a reflexão, o questionamento e a criatividade. Ao introduzir a filosofia na educação infantil, as crianças são incentivadas a pensar de forma crítica, a formular perguntas complexas e a buscar soluções para os problemas do cotidiano.

 Dessa forma, elas desenvolvem habilidades essenciais para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e solidária. Portanto, o diálogo entre aluno e professor é fundamental para o desenvolvimento intelectual dos indivíduos, especialmente quando se trata de disciplinas que estimulam o pensamento crítico, como a filosofia. 

Ao dar voz ao aluno em sala de aula, permitindo que ele expresse suas ideias e opiniões, estamos contribuindo para a formação de cidadãos mais conscientes, participativos e capazes de enfrentar os desafios do mundo contemporâneo. A educação deve ser um processo colaborativo, onde o diálogo e a escuta ativa são ferramentas essenciais para a construção do conhecimento e o desenvolvimento pessoal e social.

Atualmente, existem especializações em filosofia infantil que evidenciam a importância de estimular o desenvolvimento do pensamento das crianças desde a alfabetização. Acredito que a educação deve ser uma troca de ideias entre professor e aluno. Acredito que, desde que as crianças começam a se comunicar, elas devem ter oportunidade de expressar suas ideias e serem respeitadas. 

É fundamental que a voz das crianças seja ouvida e considerada em todas as disciplinas, especialmente nas aulas de filosofia, onde se aprende filosofando através do diálogo e reflexão. Essa abordagem educativa, que remonta à Grécia Antiga com Sócrates e o método da maiêutica, é essencial para o desenvolvimento intelectual e crítico dos alunos.

A distinção entre ética e moral em Hegel

 Autor: Ademilson Marques de Oliveira

Para Hegel, a ética está ligada as instituições políticas. É no meio público que o sujeito se insere em um conjunto de obrigações. Já em relação a moral, ele fala que, neste caso, o cidadão está incumbido de dever. Para ele, a moral aparece como lei, determinando o que pode e o que não pode ser feito pelo sujeito. Logo, a noção de eticidade em Hegel implica no conjunto de instituições sociais e políticas que unicamente pode assegurar a efetivação do bem, segundo um acordo público que lhe dão os membros de uma comunidade política. 

A distinção entre ética e moral é um tema central na filosofia de Hegel. Enquanto muitas vezes usados como sinônimos, para o filósofo alemão esses dois conceitos possuem significados distintos e complementares. Para compreender essa distinção, é necessário mergulhar no pensamento hegeliano e explorar os pontos de convergência e divergência entre ética e moral. 

Em primeiro lugar, é importante destacar que Hegel considera a ética como algo que está ligado às instituições políticas, ou seja, às comunidades. Para ele, a ética não se limita apenas ao indivíduo, mas está inserida em um contexto mais amplo, que envolve as relações sociais, as normas e os valores compartilhados por um grupo de pessoas. É no meio público, onde as interações entre os indivíduos se desenvolvem, que a ética se manifesta. 

Por outro lado, a moral, segundo Hegel, está relacionada ao dever. Neste caso, o cidadão é incumbido de seguir determinadas normas e princípios que regem o seu comportamento. Para o filósofo, a moral aparece como uma lei, que determina o que é certo e o que é errado, o que pode e o que não pode ser feito pelo sujeito. Assim, a moral se apresenta como um conjunto de regras que orientam as ações dos indivíduos, pautadas em princípios universais e inquestionáveis. 

Essa distinção entre ética e moral é fundamental para a compreensão da noção de eticidade em Hegel. Para o filósofo, a eticidade implica no conjunto de instituições sociais e políticas que são responsáveis por assegurar a efetivação do bem comum. É por meio do acordo público dos membros de uma comunidade política que a ética se concretiza, garantindo a harmonia e a justiça nas relações sociais. 

É importante ressaltar que, para Hegel, a ética e a moral não se excluem, mas se complementam. Enquanto a ética está mais relacionada às questões coletivas, às instituições e aos valores compartilhados pela sociedade, a moral se refere às normas e deveres individuais. Ambas têm um papel essencial na formação da consciência ética dos cidadãos, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e ética. Além disso, Hegel também destaca a importância da liberdade na discussão entre ética e moral. 

Para o filósofo, a liberdade é um elemento essencial na busca pelo bem comum e pela realização ética do sujeito. Através do exercício da liberdade, os indivíduos podem agir de acordo com suas convicções éticas e morais, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e solidária. 

Em resumo, a distinção entre ética e moral em Hegel está relacionada às esferas coletiva e individual da vida humana. Enquanto a ética se refere às instituições políticas e sociais que regem as relações entre os membros de uma comunidade, a moral está ligada aos deveres e responsabilidades individuais. Ambas são fundamentais para a construção de uma sociedade justa e ética, onde o bem comum e a liberdade são valores essenciais. 

Portanto, ao refletir sobre a distinção entre ética e moral em Hegel, é possível compreender a importância do diálogo entre o público e o privado, o coletivo e o individual, na busca pela realização ética do sujeito e da sociedade como um todo. Hegel nos convida a pensar de forma mais ampla e profunda sobre as questões éticas e morais que permeiam as nossas vidas, contribuindo para uma reflexão mais consciente e responsável sobre as nossas ações e escolhas.

Qual o conceito de autonomia segundo a filosofia Kantiana?

 Autor: Ademilson Marques de Oliveira

Para Kant, a vontade se equivalerá a lei moral em sua forma. O imperativo categórico é representado pela razão. Logo, uma vontade, a qual unicamente a simples forma legislativa pode servir de lei, ou seja, é uma vontade livre.

A autonomia é um conceito fundamental na filosofia kantiana e está relacionada com a capacidade do indivíduo de agir de acordo com uma lei moral que ele mesmo se impõe. Segundo Kant, a autonomia significa a capacidade de autolegislação, ou seja, a capacidade de estabelecer suas próprias regras morais e agir de acordo com elas, sem depender da influência externa. Para entender melhor o conceito de autonomia segundo a filosofia Kantiana, é importante compreender o que ele chama de imperativo categórico. 

Kant defende que a moralidade deve ser baseada em princípios universais que são válidos para todos os indivíduos, independentemente de suas circunstâncias particulares. Esses princípios devem ser estabelecidos pela razão pura, e não por desejos ou interesses pessoais. O imperativo categórico é a expressão do dever moral que se impõe a todos os seres racionais. Ele diz que devemos agir de acordo com aquelas máximas que podem ser universalizadas, ou seja, aquelas ações que seriam aceitáveis se todos agissem da mesma forma em circunstâncias similares. 

Para Kant, a autonomia surge quando somos capazes de agir de acordo com o imperativo categórico, seguindo nossas próprias leis morais, independentemente de qualquer influência externa. Para Kant, a autonomia não significa simplesmente agir de acordo com nossos desejos ou interesses individuais, mas sim seguir a lei moral que é posta pela razão pura. Ele defende que a verdadeira liberdade está na capacidade de agir de acordo com a lei moral que nós mesmos nos impomos, e não na liberdade de escolher entre diferentes opções. A autonomia, portanto, é a capacidade de agir de acordo com os princípios morais que são válidos para todos os seres racionais, sem depender de influências externas.

Segundo Kant, a autonomia é o fundamento da moralidade, pois é somente através dela que podemos agir de forma livre e racional, seguindo as leis morais que nós mesmos estabelecemos. Para alcançar a autonomia, é preciso que o ser humano desenvolva a sua capacidade de raciocínio e reflexão, a fim de estabelecer as suas próprias regras morais e agir de acordo com elas. Isso implica em reconhecer a universalidade das leis morais e agir de acordo com elas, mesmo que isso signifique ir contra os nossos desejos ou interesses pessoais. 

A autonomia, portanto, está intrinsecamente ligada à ideia de responsabilidade moral. Quando agimos de acordo com as leis morais que nós mesmos estabelecemos, somos responsáveis por nossas ações e pelas consequências delas. A autonomia nos torna sujeitos morais, capazes de avaliar as nossas ações à luz da razão e do dever moral. 

Em resumo, o conceito de autonomia segundo a filosofia Kantiana está relacionado com a capacidade do indivíduo de agir de acordo com as leis morais que ele mesmo se impõe, seguindo o imperativo categórico e a razão pura. A autonomia é a base da moralidade, pois é somente através dela que podemos agir de forma livre, racional e responsável, seguindo as leis morais que nós mesmos estabelecemos. É a capacidade de autolegislação que nos torna seres racionais e morais, capazes de agir de acordo com a razão e o dever moral.

Filosofia e Educação: A conexão entre os avanços tecnológicos e os quatros eixos da educação

 Autor: Ademilson Marques de Oliveira

Vivemos em um momento de diversos avanços tecnológicos. Então, será que existe alguma relação da filosofia com os quatros eixos da educação: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver e aprender a ser?

A história da humanidade é marcada por vários momentos em relação aos avanços da sociedade.

Nesta perspectiva histórica atual, com base nos grandes avanços tecnológicos, a filosofia se relaciona com os quatros eixos da educação.

Ao falarmos em aprender a conhecer, entende-se que os primeiros passos para o nosso desenvolvimento bom com o mundo, se dá quando nós nos conhecemos bem, conforme orientação do filósofo grego: Sócrates.

E aprender a fazer? Se relaciona, pois a filosofia nos orienta a está constantemente buscando conhecimentos.

Já ao falarmos em relação no eixo em aprender a viver, podemos afirmar sua relação com a filosofia, por que, ela visa nortear a vivencia de forma ética e em harmonia com a nossa consciência e com a natureza.

E, por fim, a filosofia busca colaborar para a formação de mente autônoma, criativa, reflexiva, então, ela também se relaciona com o eixo da educação, aprender a ser. Em suma, a filosofia está intimamente ligada aos quatros eixos da educação, pois auxilia no desenvolvimento integral do ser humano, estimulando a busca pelo conhecimento, o desenvolvimento de habilidades práticas, a promoção de valores éticos e a formação de uma identidade autônoma e reflexiva. 

Dessa forma, a filosofia se mostra como uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento humano em um mundo em constante transformação tecnológica. A relação da filosofia com os quatros eixos da educação se mostra relevante e necessária para a formação de indivíduos mais conscientes e capacitados para enfrentar os desafios da sociedade contemporânea.

Reflexão Filosófica: O papel do professor de filosofia e a importância da filosofia na escola

 Autor: Ademilson Marques de Oliveira

É comum depararmos com estas expressões: professor de filosofia e filósofo. Será que podemos fazer distinção em relação a estes profissionais? Qual o sentido da filosofia na escola? Penso, que não podemos fazer esta distinção, pois, o professor de filosofia, não deve ser somente aquele que transmite conhecimentos de filósofos clássicos. Ele deve usar os elementos históricos, porém, é importante utilizar a reflexão acerca da realidade atual. Ainda, é de sua responsabilidade desenvolver o pensamento crítico de seus aprendizes. É necessário repensar o pensamento existente! Portanto, ambos, são e devem ser filósofos.

O sentido da filosofia é de contribuir para a formação dos cidadãos, fomentando-os o pensamento crítico, reflexivo. Dessa forma, o professor de filosofia, deverás constantemente utilizar mecanismos visando possibilitar a criatividade de seus educandos, fazendo com que eles gostem da disciplina.

Parta tanto, conclui-se que não é ideal fazer distinção entre professor de filosofia e filósofo.  Ambos desempenham um papel fundamental na formação dos estudantes, promovendo o pensamento crítico, reflexivo e criativo. O ensino da filosofia na escola deve ir além da transmissão de conhecimentos teóricos, deve instigar os alunos a questionarem, a pensarem por si mesmos e a refletirem sobre a realidade em que vivem. 

Dessa forma, tanto o professor de filosofia quanto o filósofo têm a importante missão de contribuir para a formação de cidadãos mais conscientes e preparados para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo. A filosofia na escola é, portanto, uma disciplina essencial para promover o desenvolvimento integral dos estudantes.

Memórias e Saudades: Teodoro Marques de Oliveira, Meu Querido Pai



Autor: Ademilson Marques de Oliveira

 
  Quanto tempo se passou? Faz muito tempo! 
Eu costumava abrir meu coração,
 Confidenciar em um amigo. 
No entanto, atualmente, amigos são escassos, 
E confidentes ainda mais raros. 

16 de julho de 1996 
É uma data profundamente significativa. 
A humanidade foi surpreendida, 
Pois perdemos um grande amigo. 

Somente bondade habitava teu coração, 
Julho de 1996, 
Um momento de intensa emoção, 
Pois perdemos um mestre admirável. 

Se eu pudesse,
 Eliminaria a dor que você deixou ao partir. 
Não sentiria nenhuma dor, 
Mas essa ainda permanece viva dentro de mim.



quarta-feira, 17 de junho de 2015

Mãe: exemplo de amor, luta e inspiração




UMA HOMENAGEM A MINHA MÃE: MARFISA HENRIQUE BRAGA 

Autor: Ademilson Marques de Oliveira


Pelo amor ao trabalho incansável,
Pela luta e a fibra inquebrantável,
Pelo teto e o coração acolhedor.

Pela mente na realidade,
Pela paz e honestidade
Pelo exemplo como herança.

Os momentos que revivo
São retalhos coloridos,
A vestir minha lembrança.

No "zig-zag" da estrada,
Com tuas palavras tão suaves,
Me ensinou a caminhar.

Portanto, agradeço-te comovido,
Por me ensinar que a vida,
É uma arte de amar.

Mãe, tu és o amor maior do mundo!






DESAFIOS E APRENDIZADOS: RELATO DE EXPERIÊNCIAS NO ENSINO REMOTO EMERGENCIAL DO IFRS

RESUMO : Em 2020, a pandemia de COVID-19 impôs a rápida transição para o ensino remoto no Brasil. Este estudo tem como objetivo analisar o ...