domingo, 5 de novembro de 2017

O aluno aprende, e o professor não ensina, apenas orienta o aprendizado do aluno

Autor: Ademilson Marques de Oliveira

O aluno não é um mero executor de tarefas determinadas por equipes de trabalho, mas um importante participante de um projeto comum de formação.

Neste sentido, interpreta-se por meio da proposição: “o aluno aprende, e o professor não ensina, apenas orienta o aprendizado do aluno”. A aprendizagem ocorre por meio de interações de diferentes sujeitos, em diferentes contextos temporais/espaciais.

O aluno tem uma postura ativa no processo de ensino e aprendizagem. Neste sentido ocorre a presença da educação emancipadora.

Portanto, neste caso, é indispensável da figura do mestre emancipador. A educação se dá por meio do diálogo. O aluno é o principal protagonista na busca do aprendizado. O professor é mediador neste processo.

De que maneira, o questionamento da postura do mestre pode fundamentar a metodologia EAD ?

Autor: Ademilson Marques de Oliveira

Segundo a professora Cláudia Murta, "a EAD deve ser compreendida como uma dimensão da educação, que pode contribuir para mudanças paradigmáticas, que superem a escola tradicional".

Nesta metodologia, o aluno está em um lugar de igualdade diante do mestre. Assim, o mestre é mais um neste processo, não o dono do saber. Inclusive os alunos, nesta perspectiva podem apreender sem mestre. Aprendem através da tensão do seu próprio desejo.

Portanto, o aluno não é um mero expectador de tarefas determinadas por equipes de trabalho, mas um importante participante de um projeto comum de formação. Dessa forma, a postura do mestre deve ser de motivador, estimulador, ou seja, de animar o aluno na buscar do saber, não por meio de respostas prontas, mas sim, através de dúvidas, de indagações. Vale lembrar que o que move o mundo não são respostas, mas perguntas.

Portanto, o questionamento da postura do mestre pode fundamentar a metodologia EAD, por meio da gestão democrática do conhecimento, onde busca-se a pro atividade de todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem. Assim, as competências e habilidades são adquiridas através das trocas de experiências, ou seja, de saberes.

É possível ensinar algo para o qual não existem nem mestres, nem discípulos?

Baseado nas orientações do professor Paulo Freire, assim, respondo esta indagação: Ninguém ensina ninguém, nem a sim mesmo, os homens se ensinam entre si, mediatizados pelo mundo. Portanto, se não há existência de mestres, nem de discípulos, o caminho para emancipação, desenvolvimento cognitivo e humanização é perceber-se como um agente ativo na mudança, que o mundo tanto espera. Isso poderá acontecer por meio do diálogo, entre os envolvidos.

Existe alguma coisa que precisa realmente ser ensinada?

Autor: Ademilson Marques de Oliveira

Para Sócrates é impossível ensinar algo a alguém que ele não saiba. Referente a este assunto surge um paradoxo: De que modo procurarás, Sócrates, aquilo que não sabes absolutamente o que é? Pois procurarás propondo-te que tipo de coisa, entre as coisas que não conheces? Ou, ainda que, no melhor dos casos, a encontres, como saberás que isso que encontrastes é aquilo que não conhecia?

Acredito que o processo de ensino e aprendizagem se dá através do diálogo. O professor deve ser incentivador, motivador, facilitador e estimulador do alunos na instigante aventura da busca de conhecimentos.

Portanto, o centro da atenção deve ser os alunos; e não o professor. As coisas na visão de Sócrates não precisam de ser ensinadas, o que precisa de ser feito é suscitar dúvidas, sem oferecer respostas prontas.

O saber é algo que se pode adquirir ou é algo que já possuímos, mas esquecemos?

 Autor: Ademilson Marques de Oliveira

O que talvez, o ser humano tenha é a condição de adquirir o conhecimento, ou seja, o saber. Para que isso ocorra com sucesso precisa-se de mediadores, facilitadores no processo de ensino e aprendizagem. Acredito que o que nós temos é faculdade de adquirir saberes, através de nossas experiência, esforços, perseverança, dedicação e muito estudo. Portanto, o saber não é inato, mas adquirido, é o que penso no momento.

Qual a relação entre os modelos de educação: Sofistas, Sócrates, Ensino Tradicional e Modalidade EAD?

Autor: Ademilson Marques de Oliveira

A postura dos Sofistas se aproxima do modelo de ensino tradicional, ou seja, a educação bancária, onde o professor é o centro das atenções e o aluno é como uma tábua rasa. Por outro lado, o método de Sócrates, nos ensina que o aluno é o centro das atenções. Aqui o professor é o mediador da aprendizagem.

A postura do professor em EAD deve ser de animador, facilitador, motivador, incentivador e de estimulador dos alunos, no processo da construção do edifício do conhecimento.

Na atualidade, percebe-se que o mundo mudou. A sociedade mudou. Os alunos mudaram. O método de ensinar também tem que mudar. Não se pode estar no século XXI, e ao mesmo tempo seguir o modelo do século XX. Aparentemente os alunos não suportam mais o modelo de ensino tradicional.

Neste contexto, enumera-se algumas ferramentas que podem ser consideradas como recurso virtual de aprendizagem, que colaboram para potencializar o EaD, que são: Wiki, Blog, Chat, Forum, You Tube, vídeo aula, entre outras. Estas ferramentas colaboram para a democratização de ensino. Ainda estimulam o desenvolvimento de competências e habilidades, no ensino a distância, bem como, na modalidade semipresencial.

Qual a relação entre a educação e a arte de ver, segundo Rubens Alves?

 Autor: Ademilson Marques de Oliveira

Entende-se que uma das tarefas básicas da educação, é possibilitar aos alunos mecanismos para que eles possam conhecer a si mesmo, o outro e o mundo, ou seja, é necessário que eles saibam ver.
De acordo com Alves, o papel da educação é o “ensinar a ver”. Ressalta-se que essa ideia de ensino é voltada para o despertar da curiosidade, do espanto e da paixão pelo busca do conhecimento. Os alunos precisam sentir alegria na escola, ou seja, sentir prazer. Talvez, até fazer amor com o saber.
Portanto, a vida do professor é bem mais do que uma profissão, é uma missão. Por isso, nesta caminhada infinita, na busca do conhecimento, o professor deve ensinar o aluno a pensar, estimular a criatividade e o pensamento crítico. Vale ressaltar que as belezas estão nos olhos de quem as veem. Assim, se dá a necessidade de ensinar o aluno a vê, porque é através do visual que as pessoas entram em contato com as maravilhas e os encantamentos do mundo.
O Sistema Educacional deve procurar identificar as banalidades do cotidiano, e juntos com os alunos, propor meios de desbanalização do banal.
Alves, no texto, a complicada arte de ver, diz que: “a primeira função da educação é ensinar a ver, eu gostaria de sugerir que se criasse um novo tipo de professor, um professor que nada teria a ensinar, mas que se dedicaria a apontar os assombros que crescem nos desvãos da banalidade cotidiana”.



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