quarta-feira, 23 de novembro de 2016

O Império Carolíngio

Autor: Ademilson Marques de Oliveira

Segundo a historiografia o Império Carolíngio foi a principal organização política da Alta Idade Média. A Dinastia Carolíngia formalizou um novo modo de legitimação do poder real, reconstituído sobre outras bases a centralidade política-administrativa no Ocidente. Além disso, foi inovadora na divulgação das tradições culturais. Será como que aconteceu o processo de formação do Império Carolíngio? Quais as características desse importante Império? Ele foi importante quanto à manutenção da Cristandade Ocidental? 

Com a morte de Pepino de Herstal, Carlos Martel, filho abastado de Pepino, assumiu o cargo de prefeito do palácio. Para alguns historiadores, ele “martelou as revoltas neustrasianas e suprimiu a independência dos frísios e dos alamanos, assim como a dos borgonheses e dos provençais”. 

Posteriormente, o filho de Carlos Martel, Pepino, o Breve, assumiu o poder ao suceder seu pai, em 741. Este obteve o apoio da Igreja Católica à sua pretensão de aclamar-se rei. Acabou com o último reinado do rei merovíngio – Childerico III - que ocupou o poder, iniciando assim uma nova dinastia, a dinastia Carolíngia. Em seu reinado, ajudou o papa em sua luta contra os lombardos no norte da Itália e após vencê-los, doou ao papado todas as terras conquistadas. Essas terras passaram a ser denominadas como Patrimônio da São Pedro. Assim, consolidava a aliança entre o Estado Franco e a Igreja Católica.

Após Pepino, o Breve, assumiu o poder seu filho Carlos Magno, que apoiado pela Igreja, teve seu longo governo, de quase meio século, marcado por inúmeras realizações. Fomentou guerras de conquistas dando origem ao Império Carolíngio, que compreendia os atuais territórios de França, Bélgica, Luxemburgo, Holanda, Alemanha, parte da península Ibérica, Áustria, Iugoslávia, Suíça e Itália. A Igreja Católica reconheceu a existência de um novo Império do Ocidente. No dia de Natal do ano de 800, na Basílica de São Pedro, Carlos Magno foi coroado imperador pelo papa Leão III.

Carlos Magno organizou a administração dividindo o Império em: 

Contados: territórios do interior, governado por condes;
Ducados: territórios das fronteiras, governados por duques;
Marcas: territórios mais vulneráveis das fronteiras, governados por marqueses.

Visando regular e fiscalizar as atribuições de seus súditos, expediu diversas leis, e para garantir a boa execução das mesmas, mandava emissários – os missi dominici – percorrer com o objetivo de fiscalização das províncias.

No campo cultural, o imperador fundou bastantes escolas, onde eram estudadas gramáticas, retórica, ortografia e música. Também, construiu importantes monumentos religiosos como a Igreja de São Vital, em Ravena. Neste contexto, as artes se destacaram tanto que se costumam falar num “Renascimento Carolíngio”.

Referências Bibliográficas:
ORDOÑEZ, Marlene. QUEVEDO, Júlio. História. São Paulo: IBEP, 1996.
BOVO, C. R.; RODRIGUES, R. C. B. História Medieval I. Batatais: Claretiano, 2013.

História Antiga



Autor: Ademilson Marques de Oliveira

Segundo a Historiografia, a Sociedade Romana é uma das mais antigas civilizações da humanidade. Quais são os principais aspectos dessa sociedade? E os principais aspectos dessa população? E qual a importância da cultura e da sociedade para o desenvolvimento de Roma? 

Com base na História Antiga, a desigualdade reinava na sociedade romana. Ela possuía pouca mobilidade social. Entretanto, algumas conquistas de direitos sociais foram alcançadas, a exemplo, no caso dos Plebeus que adquiriram direitos políticos. 

Neste contexto, valem ressaltar diversas revoltas entre as classes sociais. Fatos geradores de bastantes conflitos. A Roma Antiga era dividida em cinco grupos sociais diferentes: Patrícios, Plebeus, Clientes, Escravos e Libertos. 

Os Patrícios eram considerados a “nata da sociedade”. Eles ocupavam os altos cargos públicos, estavam no topo da pirâmide social romana. Portanto, possuíam muitos escravos e riquezas. Já os Plebeus eram os pequenos comerciantes, na maioria, desenvolviam trabalhos como artesanatos e serviços equivalentes. Havia também uma população formada por refugiados pobres e estrangeiros, denominados de Clientes. Era uma classe dependente dos Patrícios. Ainda na Civilização Romana, habitavam os Libertos e os Escravos. O primeiro são os escravos; Já o segundo, não possuía direito social em Roma, geralmente eram prisioneiros de guerras. 

Ao dissertarmos sobre Roma Antiga, nos faz voltar ao passado, e, relembrar o pensamento grego. Roma dominou a Grécia; mas foi conquistada pela cultura grega. “O vencedor se rendeu ao vencido”. Na esteira dos acontecimentos, diante das diversas lutas entre Patrícios e Plebeus e outros fenômenos sociais deu origem ao Direito Romano, marco da cultura romana. Outros elementos culturais merecem destaque como: Cícero, com sua oratória; os poetas Horácio, Ovídio, marcantes na literatura, entre outros. 

Portanto, a sociedade e a cultura foram importantes para o desenvolvimento de Roma. Por meio da sociedade construiu-se um dos maiores impérios da antiguidade. Desenvolveu-se a história, a cultura, as crenças, as políticas, as artes, o direito, entre outros. Assim, colaboraram para o desenvolvimento historiográfico da humanidade. Já a cultura, através das diversas classes sociais contribuiu na formação da identidade populacional e territorial no processo de desenvolvimento de Roma. 

Assim, conclui-se que a civilização romana, influenciada pela cultura grega, contribuiu fortemente para o desenvolvimento da humanidade. 

Referência bibliográfica:
SILVA, S. C. História Antiga II. Batatais: Claretiano, 2013.

História Antiga de Roma: Monarquia / República / Império

Autor: Ademilson Marques de Oliveira

Segundo a historiografia, a História Antiga de Roma é dividida em três modelos políticos: Monarquia, República e Império. A Monarquia é a forma de governo mais antiga de Roma. É lá que encontramos Rômulo, o Rei Lendário.

Entretanto, ressalta-se também a existência de dois reis verdadeiros: Tarquínio Prisco, (pai) / Tarquínio, o soberbo, (filho).

Diante da política de arrocho, os Patrícios inconformados lutaram e conseguiu derrubar o governo de Tarquínio, o soberbo. Isso acarretou algumas ações, tais como: criação de órgãos administrativos, Senado, Pretores, ou seja, justiça, Questores ou finanças, Censores ou censo, Edis ou policiamento.

O senado cria algumas leis visando diminuir os conflitos. Foi criada a Lei da Canuléia que permitia o casamento entre Patrícios e Plebeus. Também, ocorreu a criação da Lei da Licínia com finalidade de acabar com a escravidão por dívida.

Vale ressaltar que os Plebeus em Roma eram pequenos agricultores, pastores e artesãos; Já os Patrícios eram superiores as outras classes, ou seja, eram os nobres.

Revoltados, a Plebe entrou em ação, reivindicando direitos de participação política.  Assim, conseguiram que o Senado criasse a tribuna da plebe. Posteriormente o Senado elege Plebeus para governar Roma. O primeiro plebeu eleito foi Tibério Graco. Ele Criou a Lei Semprônia, a Reforma Agrária; Logo em seguida foi assassinado. Com a morte de Tibério, Caio Graco subiu ao poder. 

Caio Graco criou a Lei Frumentária, baixou o preço do trigo e retornou com a Lei Semprônia. Depois se suicidou.

Neste contexto, o poderoso Senado Romano decide eleger Generais para governar Roma.

1º General: Mário. Ele efetuou o pagamento do soldo;
2º General: Silas. Este aumentou os privilégios do senado.

Entretanto, aparentemente, Roma não ficou satisfeita com a política dos Generais. Tanto que, o Senado cria um novo modelo político: Triunvirato, ou seja, três pessoas no poder;

1º Triunvirato: Sobem ao poder: Crasso, Pompeu e Júlio Cezar. Crasso Morre. Pompeu é dominado na Gália por Júlio Cezar. Júlio Cezar controla Roma.

2º Triunvirato: Marco Antônio, Otávio e Lépido. Lépido não tinha grandes ambições políticas.
 Foi afastado do poder e exilado de Roma. Marco Antônio e Otávio se odiavam. Entraram em guerra abertamente. Em 31 a.C, Antônio suicidou-se. Otávio ficou no poder sozinho. Ele criou a política do pão e circo. 

Outro governante que merece destaque é Nero. “Segundo o que se conta, Nero mandou colocar fogo em Roma a fim de destruir partes das antigas obras para poder reconstruí-las ao seu gosto, mas a culpa foi colocada nos Cristãos, que pagaram pelo incêndio sendo executados”. Nero acusou os cristãos de porem fogo em Roma.

Vale ressaltar que a cultura de Roma Antiga está bastante ligada a cultura Grega. Isto é visível em vários aspectos da arte romana como na religião. Porém, nota-se que os romanos também tiveram sua originalidade.

Fonte: SILVA, S. C. História Antiga II. Batatais: Claretiano, 2013.

O coronelismo e a política dos governadores

Autor: Ademilson Marques de Oliveira

A historiografia brasileira relata grandes eventos ocorridos a partir dos anos de 1890, com o nascimento da República Velha até o fim da política do Café com Leite, por volta de 1930.  Será como estavam relacionados o coronelismo e a política dos governadores? Como este arranjo garantia o domínio político das oligarquias agrárias?

A partir do ano de 1889, com o início da República Velha, também conhecida como República da Espada, iniciou-se no Brasil um período marcado por governantes, membros do Exército Brasileiro. 

O primeiro presidente foi Marechal Deodoro da Fonseca que governou provisoriamente entre 1889 a 1891.

Neste governo identificam-se as seguintes ações:

Expulsão da Família Real, Separação da Igreja do Estado, Instituição do registro e casamento civil e a Criação da Constituição de 1891.

Na nova Constituição ficou assegurado o Sufrágio Universal e o Federalismo. Deodoro foi eleito indiretamente.

Entretanto, a crise tomou conta no governo de Deodoro. Ela gerou: Conflitos e fechamento do Congresso, Revolta da Armada (marinha), entre outras. Assim, diante dos fatos, o presidente renuncia do cargo.  

Posteriormente, o vice, Marechal Floriano Peixoto, assume o comando. Com mão de ferro governou entre 1891 a 1894. Reprimiu com violência os movimentos contrários a República.
Porém, após a segunda Revolta da Armada, ou seja, a Revolta Federalista do RS, Floriano Peixoto entregou o poder para os civis. Foi assim que surgiu o modelo político: “café com leite”, (oligarquia).

Portanto, o Brasil passou a ser governado por presidentes paulistas ou mineiros. Nasce então, a Política dos Governadores, a tão conhecida troca de favores, ou seja, o Coronelismo: fazendeiro que influencia uma região. Assim, nasceu o popular voto do cabresto. Era a obrigação de votar no candidato apoiado pelo coronel.

Entre 1894 a 1898, o país foi governado pelo presidente, Prudente de Morais. Ele concedeu anistia aos rebeldes federalistas. Também, registra-se a ocorrência do massacre dos sertanejos, ligados a Guerra de Canudos.

Em 1898, Campos Sales alcança o poder. Governou até 1902. Ele, de certa forma organizou as finanças do país, reforçou o apoio do Governo Federal aos governadores, senadores e deputados dos Estados, nos casos em que os governadores concedessem sustentação integral ao presidente.

Já o Presidente, Rodrigues Alves governou entre 1992 a 1906. Na sua administração ocorreu à modernização do Rio de Janeiro, comprou o Acre e construiu a Ferrovia Madeira-Mamoré, adotou a política de valorização do café, comprando os excedentes.

De 1906 a 1909 foi Presidente, Afonso Pena. Este acelerou o processo de imigração.
No governo do Presidente, Nilo de Peçanha nos anos de 1909 a 1910 foi criado o serviço de proteção aos Índios – atualmente representado pela FUNAI.

Já entre 1910 a 1914, no governo do Presidente, Hermes da Fonseca, destaca-se a Revolta da Chibata, (levante da marinha), contra os castigos.

O Presidente, Venceslau Brás que administrou o país entre 1914 a 1918 encontrou forte tensão devido à primeira guerra mundial. No mês de outubro de 1917, o Brasil declara guerra à Alemanha. Além disso, registra-se o surto de gripe espanhola.

Epitácio Pessoa foi presidente do país entre 1919 a 1922. Em seu governo ocorreu a Revolta do Forte de Copacabana. Movimento dos Militares, (Tenentismo).

Por outro lado, o Presidente, Artur Bernardes governou entre 1922 a 1926. Ele governou sobestado de sítio. Destaca-se a Revolução liberal (1923 – RS) e a Revolução Tenentista (1924). Elas ocuparam a capital paulista por quase um mês.

Entre 1926 a 1930, o Presidente, Washington Luís esteve à frente do Poder Executivo Brasileiro. Seu lema era “Governar é abrir estradas”. Este período foi marcado pela crise do café e a dissolução da política do café com leite.

Diante dos fatos, percebe-se que a política dos governadores estava relacionada com o coronelismo, devido o corporativismo entre os grupos dominantes do país naquela ocasião. Época em que os coronéis escreviam sua história a “bala” (munições). Foi o período de forte desrespeito aos direitos humanos e políticos. Foi através de práticas violentas e cruéis que garantiram o domínio político das oligarquias agrárias no contexto político-econômico-social do período representado pela “Era Café com Leite”, composta pelo revezamento entre políticos de Minas Gerais e de São Paulo.

Fonte:
CORRÊA, R. A. História do Brasil III. Batatais: Claretiano, 2011.


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