segunda-feira, 22 de junho de 2015

As vantagens e os problemas inerentes a Ética Utilitarista e seus principais pressupostos filosóficos

 Autor: Ademilson Marques de Oliveira

Para o Utilitarismo, o que importa é a felicidade. Entende-se por felicidade ausência de dor e prazer; e por infelicidade a privação do prazer. Dessa forma os fins justifica os meios. Esta doutrina privilegia a maioria.

Por outro lado, nem sempre, é bom decidir pela maioria, mas sim, observar a qualidade desta maioria.

Segundo a doutrina Utilitarista, precisamos de maximalizar aquilo que é bom. Para que saibamos se a nossa ação foi boa, precisamos medir a consequência de tal ato.


No entanto, entre tantas vantagens oriunda do Utilitarismo, também é visível uma grande falha: privilegiar o qualitativo em detrimento ao quantitativo. O Utilitarismo por não considerar a minoria, pode cometer injustiças por desprezar a qualidade, considerando apenas a maioria.

O Giro Pragmático da Filosofia Alemã

 Autor: Ademilson Marques de Oliveira

O Giro Pragmático da Filosofia Alemã tem como um de seus personagens principais Wittgenstein. Ele é de alta importância para a Filosofia da Linguagem. Este escreveu importantes obras como “O Tratactus e as Investigações Filosóficas”. 

A diferença entre essas duas obras são: uma ele trata a linguagem como uma questão fenomenológica e na outra como uma atividade mais simples, ou seja, a linguagem cotidiana.

Outro fato importante é a Escola de Oxford, ela compreendia que a descrição da realidade é apenas uma das funções para as quais nos servimos da linguagem, esta privilegiou a análise filosófica a partir da linguagem comum. Seus principais pensadores foram: Gilberto Ryle, John Austin, Paul Grice e Peter Strawson.

Já em relação aos problemas da verdade, Habermas buscou solucioná-los através de um esquema pragmático. Ele tenta nos mostrar que as teorias clássicas da verdade não conseguem resolver os problemas associados com os conceitos de verdade. Para Habermas, a verdade é uma pretensão da validade que anexamos aos atos da fala constatativos.

Assim, o giro pragmático da Filosofia Alemã trouxe importantes contribuições para a reflexão sobre a linguagem e a verdade, destacando a importância de considerar não apenas a lógica formal, mas também o uso prático e social da linguagem. A influência de Wittgenstein e da Escola de Oxford, juntamente com as ideias de Habermas, marcam um movimento significativo na filosofia contemporânea, que busca compreender e explorar as complexidades da linguagem e da comunicação humana.

As relações entre as questões lógicas, epistemológicas e positivismo

 Autor: Ademilson Marques de Oliveira

As questões lógicas e epistemológicas se relacionam por meio da busca da verdade. Esta verdade é buscada através da lógica, ou seja, da matemática, visando chegar ao conhecimento.

O Filósofo Putnam, é um dos principais filósofos americano. Seus estudos foram voltados para a relação mente-corpo, o seu debate se concentrou no realismo metafísico, que resultou em outro debate, o realismo interno.

Através da influência do positivismo, hoje temos várias áreas de estudo voltado para as ciências humanas, tais como: Sociologia, Antropologia e Psicologia. Pode –se afirmar que foi através do positivismo que seu deu o desenvolvimento científico existente hoje.

Essas áreas de estudo buscam compreender a complexidade da mente humana, das interações sociais e das diferentes culturas, utilizando métodos rigorosos de investigação e análise. A influência do positivismo nessas disciplinas contribuiu para a busca por uma verdade baseada em evidências empíricas e observáveis, fortalecendo assim o conhecimento científico. 

Dessa forma, a relação entre questões lógicas, epistemológicas e o desenvolvimento das ciências humanas evidencia a importância de se buscar a verdade por meio da lógica e do método científico. A busca pela verdade, embasada na racionalidade e na investigação sistemática, é essencial para o avanço do conhecimento e para a compreensão mais profunda do mundo que nos cerca.


Análise, interpretação e definição do fundacionismo clássico e as principais objeções

Autor: Ademilson Marques de Oliveira 

Sabe-se que o conhecimento se dá através da crença, verdade e justificação, ou seja, a repartição tripartite.

Há uma categoria de crenças sobre as quais temos conhecimentos seguro, chamadas de crenças fundacionais, ou crenças de base, em relação à interpretação dos fenômenos naturais.

Portanto, a forma clássica de fundacionismo baseia-se na afirmação de J. Locke, que diz que todo o nosso conhecimento deriva de nossa experiência sensorial, isto é, experiência imediata.

E, nesse contexto, que se constrói um território metafísico e epistemológico, a partir do método, significa dizer que a justificação da crença se dá em conformidade com as regras ou critérios de conhecimentos. Percebe-se portanto, que pela justificação, a teoria do conhecimento busca a universalidade de suas proposições, a partir da necessidade lógica inerente a matemática, à geometria e à lógica.

O conhecimento se apresenta como um campo demarcado de investigação, possibilitando assim, sua autonomia em relação a outros modos de investigação.

O universo do conhecimento, por conseguinte, se apresenta na ordem lógico-filosófico das razões. Assim, merece destaque, nas ordens das razões, a investigação do abstrato para o concreto. 

Isso significa que, ao buscar o conhecimento, partimos de conceitos e ideias mais abstratas para chegar a conclusões mais concretas e palpáveis. É um processo que exige raciocínio lógico, análise crítica e justificação argumentativa para sustentar as nossas crenças e verdades. 

Portanto, o conhecimento é uma busca constante por compreender o mundo ao nosso redor, baseado em fundamentos sólidos e justificados. É por meio da crença, verdade e justificação que podemos construir um conhecimento sólido e confiável, sendo esta a base da repartição tripartite do conhecimento.

Razão e Fé: A Filosofia de Santo Tomás de Aquino e Santo Agostinho

Autor: Ademilson Marques de Oliveira

Santo Tomás de Aquino, seguidor da filosofia aristotélica defende que a razão e a fé são áreas de conhecimentos diferentes. Entretanto, uma completa a outra, de forma que estes dois conhecimentos nos permitem alcançar o equilíbrio. 
Assim, é preciso que façamos a experiência de Deus, quanto mais experiência, mais conhecimento. Para Ele nós somos instrumentos para a manifestação de Deus.

Por outro lado, Santo Agostinho, platonista, defende a ideia do “crer para entender”, assim, ele não valoriza a experiência. Para Santo Agostinho, razão e fé estão juntas, portanto, na perspectiva agostiniana, tratados filosóficos e teológicos não podem ser tratados separados.

Santo Tomás de Aquino, um dos grandes pensadores da Idade Média, e Santo Agostinho, um dos pais da Igreja Católica, possuem visões diferentes sobre a relação entre razão e fé. Enquanto Santo Tomás de Aquino defende a separação entre essas duas esferas de conhecimento, Santo Agostinho acredita na interação e complementaridade entre elas. 

Para Santo Tomás de Aquino, a razão e a fé são diferentes formas de conhecimento que se complementam. Ele acreditava que a razão poderia nos levar a certos conhecimentos sobre o mundo material e intelectual, enquanto a fé nos possibilitaria alcançar a verdade sobre Deus e a salvação. Segundo Aquino, a razão é capaz de nos levar até certo ponto, mas a fé é necessária para completar nosso entendimento sobre as verdades divinas. Aquino, fortemente influenciado pela filosofia aristotélica, acreditava que a razão poderia ser utilizada para compreender a natureza e as leis do universo, enquanto a fé era necessária para aceitarmos as verdades reveladas por Deus. Para ele, a união entre razão e fé nos permite alcançar um conhecimento mais completo e profundo sobre o mundo e sobre Deus. 

Por outro lado, Santo Agostinho, influenciado pelo platonismo, defendia a ideia do "crer para entender". Para Agostinho, a fé precede a razão, pois é através da fé que somos capazes de chegar a um entendimento mais profundo sobre as verdades divinas. Ele acreditava que a fé era o ponto de partida para o conhecimento, e que apenas através dela poderíamos alcançar a verdade última sobre Deus e a salvação. Agostinho enfatizava a importância da graça divina na busca pela verdade, e acreditava que a razão só poderia nos levar até certo ponto, sendo a fé necessária para nos guiar além das limitações da razão humana. Para ele, a razão e a fé não podem ser separadas, pois ambas são essenciais para uma compreensão verdadeira e profunda das verdades divinas. 

Apesar das diferenças em suas abordagens, tanto Santo Tomás de Aquino quanto Santo Agostinho concordavam que a razão e a fé são essenciais para a busca do conhecimento e da verdade. Enquanto Aquino valorizava a complementaridade entre essas duas formas de conhecimento, Agostinho destacava a importância da primazia da fé na busca pela verdade divina. 

Em resumo, a filosofia de Santo Tomás de Aquino e Santo Agostinho nos ensina que a razão e a fé são essenciais para uma compreensão plena das verdades divinas. Ambos os pensadores nos deixaram um legado filosófico e teológico rico em insights sobre a relação entre razão e fé, e sobre a importância de ambas na busca pelo conhecimento e pela verdade.

sábado, 20 de junho de 2015

Educação para uma Sociedade Próspera: Construindo um Futuro Melhor para Todos

 Autor: Ademilson Marques de Oliveira

Entende-se que a Constituição Federal Brasileira avança para a garantia do direito à vida e dignidade para todos. Contraditoriamente, percebe-se uma forte desigualdade social que gera um grande desrespeito à lei e a vida. Será que isso acontece por que a educação não tem alcançado sua finalidade? Será que a existência de tantas corrupções no Brasil se dá devido à falta de ensino de ética e respeito aos cidadãos as crianças em idade escolar que futuramente serão os representantes da classe política de nosso país? Então, quem queremos educar? Para que sociedade?  

Queremos educar todos os que são sedentos de conhecimentos, os que lutam pelos seus direitos, os buscam na educação princípios para nortearem suas vidas.

No entanto, penso que precisa-se urgentemente reeducar, reconstruir na mente da elite dominante-governantes brasileira, pensamentos de respeito ao cidadão, igualdade de direitos, princípios éticos e morais, valores de honestidade para que não levem o Brasil a viver a crise econômica, ética, política e moral. Um país de elite corrompida e gananciosa, onde o limite da ambição é o infinito levam a miséria e por conseguinte, ao descrédito.

Portanto, queremos educar pessoas para uma sociedade mais desenvolvida economicamente e socialmente. Para isso, é preciso curar o câncer da corrupção, da falta de respeito ao próximo, da ausência de desenvolvimento de pensamento crítico em relação a realidade que o cercam. Queremos uma sociedade mais justa, ética, reflexiva, crítica, democrática e participativa.

Para isso, é fundamental que a educação tenha um papel central na formação dos cidadãos, desde a mais tenra idade. É necessário que sejam ensinados valores como ética, respeito, responsabilidade, solidariedade e justiça. Além disso, é imprescindível que a educação promova o desenvolvimento do pensamento crítico e da capacidade de reflexão, para que os indivíduos se tornem mais conscientes de seus direitos e deveres na sociedade. 

A educação deve ser um instrumento de transformação social, capaz de promover a igualdade de oportunidades e de combater as desigualdades existentes. É através dela que podemos construir uma sociedade mais justa, onde todos tenham acesso à educação de qualidade, ao trabalho digno, à saúde, à moradia e a todos os direitos previstos na Constituição. 

Portanto, a educação não pode ser vista apenas como um processo de transmissão de conhecimentos, mas sim como um meio de formação de cidadãos conscientes, críticos e atuantes, capazes de contribuir para a construção de um país melhor e mais justo para todos. É preciso investir na educação e na formação de valores éticos e morais, para que possamos construir uma sociedade mais humana, solidária e igualitária.

Para Além da Verdade: Um Estudo Comparativo entre Nietzsche e Foucault

Autor: Ademilson Marques de Oliveira 

Nietzsche foi totalmente contra a verdade existente de sua época, de modo especial, as verdades metafísicas, voltadas para a doutrina do cristianismo. Certa vez, Nietzsche estas afirmações: “O evangelho morreu na cruz. A pior desgraça da humanidade é o cristianismo”. Estas são apenas algumas de suas citações onde é demonstrado sua indignação com as verdades existentes. Será que ele tinha razão para tantas inquietações?

Penso que sim, pois acredito que a concepção de verdade onde se divide as classes em pastores e ovelhas, talvez, seja interessante para quem pastoreia, mas não identifico vantagens para os pastoreados.

Nietzsche, o homem dinamite, como ele se identificou, lançou uma nova concepção de verdade, onde coloca-se o homem como sujeito responsável pela suas conquistas. Para ele, o homem pode ser um super-homem, daí a ideia do além-homem.

Já Foucault, defende que as sociedades modernas apresentam uma nova organização de poder que se desenvolveu de fato, a partir do século XVIII. Nessa nova organização, o poder não se encontra apenas no setor político e nas suas formas de repressão, pois esta disseminando pelos vários âmbitos da vida social, resumindo este problema, ela chamou de sociedade disciplinar.

Em resumo, Nietzsche questionou as verdades estabelecidas e propôs uma nova concepção de verdade em que o homem é responsável por suas conquistas. Defendeu a ideia do super-homem e criticou o cristianismo como a pior desgraça da humanidade. Por outro lado, Foucault analisou as sociedades modernas e identificou uma nova organização de poder disseminada em vários âmbitos da vida social, denominada de sociedade disciplinar. Ambos os filósofos questionaram as estruturas de poder e verdade existentes em suas respectivas épocas.

DESAFIOS E APRENDIZADOS: RELATO DE EXPERIÊNCIAS NO ENSINO REMOTO EMERGENCIAL DO IFRS

RESUMO : Em 2020, a pandemia de COVID-19 impôs a rápida transição para o ensino remoto no Brasil. Este estudo tem como objetivo analisar o ...