Autor: Ademilson Marques de Oliveira
Santo Tomás de Aquino, seguidor da filosofia aristotélica defende que a razão e a fé são áreas de conhecimentos diferentes. Entretanto, uma completa a outra, de forma que estes dois conhecimentos nos permitem alcançar o equilíbrio. Assim, é preciso que façamos a experiência de Deus, quanto mais experiência, mais conhecimento. Para Ele nós somos instrumentos para a manifestação de Deus.
Por outro lado, Santo
Agostinho, platonista, defende a ideia do “crer para entender”, assim, ele não
valoriza a experiência. Para Santo Agostinho, razão
e fé estão juntas, portanto, na perspectiva agostiniana, tratados filosóficos e teológicos não podem ser
tratados separados.
Santo Tomás de Aquino, um dos grandes pensadores da Idade Média, e Santo Agostinho, um dos pais da Igreja Católica, possuem visões diferentes sobre a relação entre razão e fé. Enquanto Santo Tomás de Aquino defende a separação entre essas duas esferas de conhecimento, Santo Agostinho acredita na interação e complementaridade entre elas.
Para Santo Tomás de Aquino, a razão e a fé são diferentes formas de conhecimento que se complementam. Ele acreditava que a razão poderia nos levar a certos conhecimentos sobre o mundo material e intelectual, enquanto a fé nos possibilitaria alcançar a verdade sobre Deus e a salvação. Segundo Aquino, a razão é capaz de nos levar até certo ponto, mas a fé é necessária para completar nosso entendimento sobre as verdades divinas. Aquino, fortemente influenciado pela filosofia aristotélica, acreditava que a razão poderia ser utilizada para compreender a natureza e as leis do universo, enquanto a fé era necessária para aceitarmos as verdades reveladas por Deus. Para ele, a união entre razão e fé nos permite alcançar um conhecimento mais completo e profundo sobre o mundo e sobre Deus.
Por outro lado, Santo Agostinho, influenciado pelo platonismo, defendia a ideia do "crer para entender". Para Agostinho, a fé precede a razão, pois é através da fé que somos capazes de chegar a um entendimento mais profundo sobre as verdades divinas. Ele acreditava que a fé era o ponto de partida para o conhecimento, e que apenas através dela poderíamos alcançar a verdade última sobre Deus e a salvação. Agostinho enfatizava a importância da graça divina na busca pela verdade, e acreditava que a razão só poderia nos levar até certo ponto, sendo a fé necessária para nos guiar além das limitações da razão humana. Para ele, a razão e a fé não podem ser separadas, pois ambas são essenciais para uma compreensão verdadeira e profunda das verdades divinas.
Apesar das diferenças em suas abordagens, tanto Santo Tomás de Aquino quanto Santo Agostinho concordavam que a razão e a fé são essenciais para a busca do conhecimento e da verdade. Enquanto Aquino valorizava a complementaridade entre essas duas formas de conhecimento, Agostinho destacava a importância da primazia da fé na busca pela verdade divina.
Em resumo, a filosofia de Santo Tomás de Aquino e Santo Agostinho nos ensina que a razão e a fé são essenciais para uma compreensão plena das verdades divinas. Ambos os pensadores nos deixaram um legado filosófico e teológico rico em insights sobre a relação entre razão e fé, e sobre a importância de ambas na busca pelo conhecimento e pela verdade.
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