segunda-feira, 22 de junho de 2015

Razão e Fé: A Filosofia de Santo Tomás de Aquino e Santo Agostinho

Autor: Ademilson Marques de Oliveira

Santo Tomás de Aquino, seguidor da filosofia aristotélica defende que a razão e a fé são áreas de conhecimentos diferentes. Entretanto, uma completa a outra, de forma que estes dois conhecimentos nos permitem alcançar o equilíbrio. 
Assim, é preciso que façamos a experiência de Deus, quanto mais experiência, mais conhecimento. Para Ele nós somos instrumentos para a manifestação de Deus.

Por outro lado, Santo Agostinho, platonista, defende a ideia do “crer para entender”, assim, ele não valoriza a experiência. Para Santo Agostinho, razão e fé estão juntas, portanto, na perspectiva agostiniana, tratados filosóficos e teológicos não podem ser tratados separados.

Santo Tomás de Aquino, um dos grandes pensadores da Idade Média, e Santo Agostinho, um dos pais da Igreja Católica, possuem visões diferentes sobre a relação entre razão e fé. Enquanto Santo Tomás de Aquino defende a separação entre essas duas esferas de conhecimento, Santo Agostinho acredita na interação e complementaridade entre elas. 

Para Santo Tomás de Aquino, a razão e a fé são diferentes formas de conhecimento que se complementam. Ele acreditava que a razão poderia nos levar a certos conhecimentos sobre o mundo material e intelectual, enquanto a fé nos possibilitaria alcançar a verdade sobre Deus e a salvação. Segundo Aquino, a razão é capaz de nos levar até certo ponto, mas a fé é necessária para completar nosso entendimento sobre as verdades divinas. Aquino, fortemente influenciado pela filosofia aristotélica, acreditava que a razão poderia ser utilizada para compreender a natureza e as leis do universo, enquanto a fé era necessária para aceitarmos as verdades reveladas por Deus. Para ele, a união entre razão e fé nos permite alcançar um conhecimento mais completo e profundo sobre o mundo e sobre Deus. 

Por outro lado, Santo Agostinho, influenciado pelo platonismo, defendia a ideia do "crer para entender". Para Agostinho, a fé precede a razão, pois é através da fé que somos capazes de chegar a um entendimento mais profundo sobre as verdades divinas. Ele acreditava que a fé era o ponto de partida para o conhecimento, e que apenas através dela poderíamos alcançar a verdade última sobre Deus e a salvação. Agostinho enfatizava a importância da graça divina na busca pela verdade, e acreditava que a razão só poderia nos levar até certo ponto, sendo a fé necessária para nos guiar além das limitações da razão humana. Para ele, a razão e a fé não podem ser separadas, pois ambas são essenciais para uma compreensão verdadeira e profunda das verdades divinas. 

Apesar das diferenças em suas abordagens, tanto Santo Tomás de Aquino quanto Santo Agostinho concordavam que a razão e a fé são essenciais para a busca do conhecimento e da verdade. Enquanto Aquino valorizava a complementaridade entre essas duas formas de conhecimento, Agostinho destacava a importância da primazia da fé na busca pela verdade divina. 

Em resumo, a filosofia de Santo Tomás de Aquino e Santo Agostinho nos ensina que a razão e a fé são essenciais para uma compreensão plena das verdades divinas. Ambos os pensadores nos deixaram um legado filosófico e teológico rico em insights sobre a relação entre razão e fé, e sobre a importância de ambas na busca pelo conhecimento e pela verdade.

sábado, 20 de junho de 2015

Educação para uma Sociedade Próspera: Construindo um Futuro Melhor para Todos

 Autor: Ademilson Marques de Oliveira

Entende-se que a Constituição Federal Brasileira avança para a garantia do direito à vida e dignidade para todos. Contraditoriamente, percebe-se uma forte desigualdade social que gera um grande desrespeito à lei e a vida. Será que isso acontece por que a educação não tem alcançado sua finalidade? Será que a existência de tantas corrupções no Brasil se dá devido à falta de ensino de ética e respeito aos cidadãos as crianças em idade escolar que futuramente serão os representantes da classe política de nosso país? Então, quem queremos educar? Para que sociedade?  

Queremos educar todos os que são sedentos de conhecimentos, os que lutam pelos seus direitos, os buscam na educação princípios para nortearem suas vidas.

No entanto, penso que precisa-se urgentemente reeducar, reconstruir na mente da elite dominante-governantes brasileira, pensamentos de respeito ao cidadão, igualdade de direitos, princípios éticos e morais, valores de honestidade para que não levem o Brasil a viver a crise econômica, ética, política e moral. Um país de elite corrompida e gananciosa, onde o limite da ambição é o infinito levam a miséria e por conseguinte, ao descrédito.

Portanto, queremos educar pessoas para uma sociedade mais desenvolvida economicamente e socialmente. Para isso, é preciso curar o câncer da corrupção, da falta de respeito ao próximo, da ausência de desenvolvimento de pensamento crítico em relação a realidade que o cercam. Queremos uma sociedade mais justa, ética, reflexiva, crítica, democrática e participativa.

Para isso, é fundamental que a educação tenha um papel central na formação dos cidadãos, desde a mais tenra idade. É necessário que sejam ensinados valores como ética, respeito, responsabilidade, solidariedade e justiça. Além disso, é imprescindível que a educação promova o desenvolvimento do pensamento crítico e da capacidade de reflexão, para que os indivíduos se tornem mais conscientes de seus direitos e deveres na sociedade. 

A educação deve ser um instrumento de transformação social, capaz de promover a igualdade de oportunidades e de combater as desigualdades existentes. É através dela que podemos construir uma sociedade mais justa, onde todos tenham acesso à educação de qualidade, ao trabalho digno, à saúde, à moradia e a todos os direitos previstos na Constituição. 

Portanto, a educação não pode ser vista apenas como um processo de transmissão de conhecimentos, mas sim como um meio de formação de cidadãos conscientes, críticos e atuantes, capazes de contribuir para a construção de um país melhor e mais justo para todos. É preciso investir na educação e na formação de valores éticos e morais, para que possamos construir uma sociedade mais humana, solidária e igualitária.

Para Além da Verdade: Um Estudo Comparativo entre Nietzsche e Foucault

Autor: Ademilson Marques de Oliveira 

Nietzsche foi totalmente contra a verdade existente de sua época, de modo especial, as verdades metafísicas, voltadas para a doutrina do cristianismo. Certa vez, Nietzsche estas afirmações: “O evangelho morreu na cruz. A pior desgraça da humanidade é o cristianismo”. Estas são apenas algumas de suas citações onde é demonstrado sua indignação com as verdades existentes. Será que ele tinha razão para tantas inquietações?

Penso que sim, pois acredito que a concepção de verdade onde se divide as classes em pastores e ovelhas, talvez, seja interessante para quem pastoreia, mas não identifico vantagens para os pastoreados.

Nietzsche, o homem dinamite, como ele se identificou, lançou uma nova concepção de verdade, onde coloca-se o homem como sujeito responsável pela suas conquistas. Para ele, o homem pode ser um super-homem, daí a ideia do além-homem.

Já Foucault, defende que as sociedades modernas apresentam uma nova organização de poder que se desenvolveu de fato, a partir do século XVIII. Nessa nova organização, o poder não se encontra apenas no setor político e nas suas formas de repressão, pois esta disseminando pelos vários âmbitos da vida social, resumindo este problema, ela chamou de sociedade disciplinar.

Em resumo, Nietzsche questionou as verdades estabelecidas e propôs uma nova concepção de verdade em que o homem é responsável por suas conquistas. Defendeu a ideia do super-homem e criticou o cristianismo como a pior desgraça da humanidade. Por outro lado, Foucault analisou as sociedades modernas e identificou uma nova organização de poder disseminada em vários âmbitos da vida social, denominada de sociedade disciplinar. Ambos os filósofos questionaram as estruturas de poder e verdade existentes em suas respectivas épocas.

O conceito do jogo da linguagem e suas implicações para a filosofia

 Autor: Ademilson Marques de Oliveira

Na história da filosofia da linguagem, depara-se com vários filósofos importantes. Entretanto, o filósofo Wittgenstein é um dos mais importantes nesta corrente de pensamento. Será por quê? Quais foram as suas contribuições? Quais suas obras mais importantes? O que elas nos ensina?

Para tanto, entende-se que o jogo da linguagem foi digerido através do papel que os jogos da linguagem desempenham como elos semânticos entre a linguagem e a realidade.

No 1º Wittgenstein era visado uma linguagem fenomenológicos; Já no 2º Wittgenstein está voltado para uma linguagem mais cotidiana em uma concepção mais fisicalista da linguagem.

Este filósofo é de uma importância grande para a filosofia da linguagem. Suas principais obras são Tratactus e as Investigações Filosóficas, esta merecem destaque. Elas funcionam como uma terapia, sendo que uma funciona como escada, que depois de utilizada pode ser descartada; E a outra como uma orientação para a vida sócio-prática.

Para ele, questões de metafísica não deve ser dito, assim Deus é silêncio e é neste silêncio que Ele se revela.

Assim como um jogo, a linguagem possui regras constitutivas, as regras da gramática. Portanto, aprendendo o significado das palavras e como utilizá-las, do mesmo modo se aprende jogar xadrez, não pela associação de peças e objetos, mas sim, pelo aprendizado dos movimentos possíveis para tais peças. Assim, como no caso dos jogos, os lances disponíveis dependem da situação e para cada lance, certas reações serão inteligíveis, ao passo que outras serão respeitadas.

Filosofia em Ação: Construindo Conhecimento Crítico e Colaborativo

Autor: Ademilson Marques de Oliveira 

Penso que uma prática docente eficaz em filosofia deve ser qualitativa e envolver a participação democrática dos alunos. É essencial que todos os envolvidos no processo educativo contribuam na definição dos planejamentos e planos de aula. A integração da filosofia com outras disciplinas é fundamental. Ela pode auxiliar os alunos na aquisição de conhecimentos diversos, já que a filosofia estimula uma visão crítica. Isso faz com que o sujeito questione e não aceite as coisas de forma passiva.

Dessa forma, o aluno ao fazer perguntas investigativas, ou seja, perguntas filosóficas, busca o alcance de competências e habilidades para as práticas necessárias para o seu meio social. A prática docente em filosofia deve ser pautada pela participação democrática dos alunos, de forma a promover um ambiente de aprendizado colaborativo e crítico. A participação dos alunos no processo educativo, desde a definição dos planejamentos e planos de aula, é fundamental para estimular o pensamento reflexivo e a construção coletiva do conhecimento. 

Quando os alunos são convidados a participar ativamente da construção do conhecimento, através da discussão de ideias e da reflexão sobre temas filosóficos, eles se tornam agentes ativos do seu próprio aprendizado. A participação democrática dos alunos no planejamento das aulas permite que eles expressem suas opiniões, dúvidas e interesses, contribuindo para tornar o ensino mais relevante e significativo para eles. Além disso, a participação dos alunos na definição dos planejamentos e planos de aula permite que o professor leve em consideração as necessidades e expectativas dos estudantes, adaptando o conteúdo e a metodologia de ensino de acordo com o perfil da turma. 

Dessa forma, a prática docente em filosofia se torna mais flexível e adaptável às particularidades dos alunos, promovendo um ambiente de aprendizado mais inclusivo e democrático. A filosofia, enquanto disciplina que estimula o pensamento crítico e reflexivo, é fundamental para o desenvolvimento das habilidades cognitivas e sociais dos alunos. Através da discussão de questões filosóficas, os estudantes são desafiados a pensar de forma mais abrangente e a questionar as verdades estabelecidas, desenvolvendo assim sua capacidade de argumentação e análise. 

A interdisciplinaridade é outro aspecto importante a ser considerado na prática docente em filosofia. A filosofia não deve ser ensinada de forma isolada, mas sim integrada às outras disciplinas, de forma a contextualizar os conceitos filosóficos e relacioná-los com outras áreas do conhecimento. Dessa forma, os alunos são estimulados a fazer conexões entre diferentes saberes, ampliando sua compreensão do mundo e desenvolvendo uma visão mais abrangente e crítica. 

A participação dos alunos na definição dos planejamentos e planos de aula em filosofia também contribui para a formação de cidadãos mais engajados e participativos. Ao criar um ambiente de aprendizado democrático e colaborativo, os alunos são estimulados a desenvolver sua capacidade de argumentação, diálogo e respeito às diferenças, habilidades essenciais para uma convivência harmoniosa e democrática na sociedade. 

Portanto, uma boa prática docente em filosofia se dá através da participação dos alunos de forma democrática, pois isso promove um ambiente de aprendizado mais significativo, colaborativo e inclusivo. Ao envolver os alunos na definição dos planejamentos e planos de aula, o professor estimula o pensamento crítico, a reflexão e a construção coletiva do conhecimento, contribuindo para a formação de cidadãos mais conscientes, engajados e participativos. A filosofia, quando integrada de forma interdisciplinar e participativa, tem o poder de transformar não apenas a forma como os alunos aprendem, mas também a forma como eles se relacionam com o mundo e com os outros.


Refletindo juntos: a importância do diálogo entre aluno e professor na construção do pensamento crítico

 Autor: Ademilson Marques de Oliveira

Será quando que o ser humano começa a ser capaz de pensar? É possível desenvolver intelectuais sem permitir o diálogo entre o aluno e professor? Então, é importante dar voz ao aluno em sala de aula? 

É fundamental compreender que o ser humano começa a pensar desde o seu nascimento. No entanto, o desenvolvimento do pensamento crítico e reflexivo ocorre ao longo da vida, sendo influenciado por diversos fatores, como a educação, o ambiente em que se está inserido e as experiências vividas. 

A interação entre aluno e professor é essencial para o desenvolvimento intelectual do indivíduo. O diálogo constante permite que o aluno expresse suas ideias, questionamentos e dúvidas, contribuindo para a construção do conhecimento de forma mais significativa. Quando o aluno se sente parte do processo de aprendizagem e tem sua voz valorizada, ele se torna mais engajado e motivado a participar ativamente das aulas. Por isso, é importante dar voz ao aluno em sala de aula, principalmente nas disciplinas que estimulam o pensamento crítico, como a filosofia. 

A filosofia é uma área do conhecimento que promove a reflexão sobre questões fundamentais da existência humana, incentivando o pensamento autônomo e a busca por respostas para as grandes questões do ser humano. Ao permitir que o aluno participe ativamente das discussões filosóficas, ele desenvolve habilidades essenciais, como a capacidade de argumentação, a análise crítica de ideias e a defesa de pontos de vista. Além disso, o diálogo filosófico estimula a empatia, o respeito pela diversidade de opiniões e a tolerância diante das diferenças. 

A filosofia infantil tem ganhado destaque nos últimos anos, pois reconhece a importância de estimular o pensamento filosófico desde a infância. Essa abordagem busca promover o desenvolvimento cognitivo, emocional e social das crianças, por meio de atividades que estimulam a reflexão, o questionamento e a criatividade. Ao introduzir a filosofia na educação infantil, as crianças são incentivadas a pensar de forma crítica, a formular perguntas complexas e a buscar soluções para os problemas do cotidiano.

 Dessa forma, elas desenvolvem habilidades essenciais para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e solidária. Portanto, o diálogo entre aluno e professor é fundamental para o desenvolvimento intelectual dos indivíduos, especialmente quando se trata de disciplinas que estimulam o pensamento crítico, como a filosofia. 

Ao dar voz ao aluno em sala de aula, permitindo que ele expresse suas ideias e opiniões, estamos contribuindo para a formação de cidadãos mais conscientes, participativos e capazes de enfrentar os desafios do mundo contemporâneo. A educação deve ser um processo colaborativo, onde o diálogo e a escuta ativa são ferramentas essenciais para a construção do conhecimento e o desenvolvimento pessoal e social.

Atualmente, existem especializações em filosofia infantil que evidenciam a importância de estimular o desenvolvimento do pensamento das crianças desde a alfabetização. Acredito que a educação deve ser uma troca de ideias entre professor e aluno. Acredito que, desde que as crianças começam a se comunicar, elas devem ter oportunidade de expressar suas ideias e serem respeitadas. 

É fundamental que a voz das crianças seja ouvida e considerada em todas as disciplinas, especialmente nas aulas de filosofia, onde se aprende filosofando através do diálogo e reflexão. Essa abordagem educativa, que remonta à Grécia Antiga com Sócrates e o método da maiêutica, é essencial para o desenvolvimento intelectual e crítico dos alunos.

A distinção entre ética e moral em Hegel

 Autor: Ademilson Marques de Oliveira

Para Hegel, a ética está ligada as instituições políticas. É no meio público que o sujeito se insere em um conjunto de obrigações. Já em relação a moral, ele fala que, neste caso, o cidadão está incumbido de dever. Para ele, a moral aparece como lei, determinando o que pode e o que não pode ser feito pelo sujeito. Logo, a noção de eticidade em Hegel implica no conjunto de instituições sociais e políticas que unicamente pode assegurar a efetivação do bem, segundo um acordo público que lhe dão os membros de uma comunidade política. 

A distinção entre ética e moral é um tema central na filosofia de Hegel. Enquanto muitas vezes usados como sinônimos, para o filósofo alemão esses dois conceitos possuem significados distintos e complementares. Para compreender essa distinção, é necessário mergulhar no pensamento hegeliano e explorar os pontos de convergência e divergência entre ética e moral. 

Em primeiro lugar, é importante destacar que Hegel considera a ética como algo que está ligado às instituições políticas, ou seja, às comunidades. Para ele, a ética não se limita apenas ao indivíduo, mas está inserida em um contexto mais amplo, que envolve as relações sociais, as normas e os valores compartilhados por um grupo de pessoas. É no meio público, onde as interações entre os indivíduos se desenvolvem, que a ética se manifesta. 

Por outro lado, a moral, segundo Hegel, está relacionada ao dever. Neste caso, o cidadão é incumbido de seguir determinadas normas e princípios que regem o seu comportamento. Para o filósofo, a moral aparece como uma lei, que determina o que é certo e o que é errado, o que pode e o que não pode ser feito pelo sujeito. Assim, a moral se apresenta como um conjunto de regras que orientam as ações dos indivíduos, pautadas em princípios universais e inquestionáveis. 

Essa distinção entre ética e moral é fundamental para a compreensão da noção de eticidade em Hegel. Para o filósofo, a eticidade implica no conjunto de instituições sociais e políticas que são responsáveis por assegurar a efetivação do bem comum. É por meio do acordo público dos membros de uma comunidade política que a ética se concretiza, garantindo a harmonia e a justiça nas relações sociais. 

É importante ressaltar que, para Hegel, a ética e a moral não se excluem, mas se complementam. Enquanto a ética está mais relacionada às questões coletivas, às instituições e aos valores compartilhados pela sociedade, a moral se refere às normas e deveres individuais. Ambas têm um papel essencial na formação da consciência ética dos cidadãos, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e ética. Além disso, Hegel também destaca a importância da liberdade na discussão entre ética e moral. 

Para o filósofo, a liberdade é um elemento essencial na busca pelo bem comum e pela realização ética do sujeito. Através do exercício da liberdade, os indivíduos podem agir de acordo com suas convicções éticas e morais, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e solidária. 

Em resumo, a distinção entre ética e moral em Hegel está relacionada às esferas coletiva e individual da vida humana. Enquanto a ética se refere às instituições políticas e sociais que regem as relações entre os membros de uma comunidade, a moral está ligada aos deveres e responsabilidades individuais. Ambas são fundamentais para a construção de uma sociedade justa e ética, onde o bem comum e a liberdade são valores essenciais. 

Portanto, ao refletir sobre a distinção entre ética e moral em Hegel, é possível compreender a importância do diálogo entre o público e o privado, o coletivo e o individual, na busca pela realização ética do sujeito e da sociedade como um todo. Hegel nos convida a pensar de forma mais ampla e profunda sobre as questões éticas e morais que permeiam as nossas vidas, contribuindo para uma reflexão mais consciente e responsável sobre as nossas ações e escolhas.

DESAFIOS E APRENDIZADOS: RELATO DE EXPERIÊNCIAS NO ENSINO REMOTO EMERGENCIAL DO IFRS

RESUMO : Em 2020, a pandemia de COVID-19 impôs a rápida transição para o ensino remoto no Brasil. Este estudo tem como objetivo analisar o ...