Autor: Ademilson Marques de Oliveira
Segundo
a historiografia, a colonização da América inglesa iniciou mais ou menos por
volta do século XVI, Sir Humphrey Gilbert recebeu da rainha Elizabeth I uma
concessão territorial na terra nova. Assim, ele organizou uma expedição e
tentou fundar colônias naquela região, porém, não obteve êxito.
Já
no final do século XVI, Sir Walter Raleigh enviou uma expedição à Virgínia, a
fim de criar núcleos de colonização. Acontece que nesta época os ingleses
estavam em guerra com os espanhóis, por conta disso, não puderam contribuir
financeiramente da forma de que necessitavam.
Mesmo
diante do fracasso, das duas primeiras tentativas, o interesse dos ingleses
pela América do Norte não acabou e novas empresas coloniais foram organizadas.
Junto com estas colônias que aspiravam à exploração de produtos tropicais,
criou-se outra espécie de colônia: a provocada pelo êxodo ocasionado pelas
guerras político-religiosas. Era constituída por uma população que, em busca de
abrigo e paz, veio para a América como objetivo de se estabelecer, provocando
um povoamento efetivo, onde ao lado do interesse econômico, existia o de
organizar uma sociedade permanente.
Por
um longo período, houve várias afirmações de que a pobreza da América Latina e
a opulência da América Britânica eram resultados de dois tipos de colonização
distintos: a exploração (Espanha e Portugal) e o povoamento (Inglaterra). Será
que isso é verdade? Não é! Afirmar que na América espanhola e portuguesa não
existiram projetos de povoamento do continente é algo que não se sustenta
diante da análise de nossa história.
Existem
afirmações de historiadores que garantam que, construir e reformar
permanentemente, ao longo de três séculos, uma catedral como a da cidade do
México não é atitude típica de quem quer apenas enriquecer e voltar para a
Europa. Portanto, não é, certamente, nesta explicação simplista de exploração e
povoamento que encontraremos as respostas para as tão intrigantes diferenças na
América.
Vale
lembrar de que as possessões inglesas na América do Norte estavam distribuídas
em Treze Colônias, com exceção da Geórgia, fundada no século XVII. Elas foram
divididas em:
Norte: New Hampshire,
Massachusetts, Rhode Island, Connecticut;
Centro: Nova York, Nova
Jersey, Delaware e Pensilvânia;
Sul: Maryland, Vírginia,
Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia.
Desde
o período colonial, os Estados Unidos tiveram uma diversificação na forma
econômica de ocupação. A parte do Norte da região central dedicava-se mais ao
comércio e à manufatura do que à agricultura. Lá desenvolveu a vida urbana e
formou-se uma aristocracia comercial.
Por
outro lado, as colônias do Sul, tinham um solo rico e terras férteis, condições
favoráveis para o desenvolvimento de uma intensa atividade agrícola. Proliferaram
grandes fazendas, principalmente as de algodão. Formou-se uma poderosa
aristocracia agrária e o trabalho sustentava-se na mão de obra escrava negra.
Neste contexto, a empresa agro-comercial do sul proporcionava altos lucros para
a Metrópole.
Referências Bibliográficas:
ORDOÑEZ,
Marlene. QUEVEDO, Júlio. História.
São Paulo: IBEP, 1996./ PINHEIRO,
Marcos Sorrilha. História da América II. Batatais, SP: Claretiano, 2014.
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