Paixões e Psicanálise: Dimensões Moderna da Natureza Humana



Fichamento

Paixões e Psicanálise: Dimensões Moderna da Natureza Humana, módulo: 01, páginas: 01 a 11.

HOBBES, Thomas. Capítulos: I e II, obra Leviatã. __________________________________________________________________________
FRANCISCO, V. Bocca. Paixões e Psicanálise: Dimensões Moderna da Natureza Humana. Vitória, ES: UFES, 2017. _    ________________________________________________________________________

Por meio desse fichamento busca-se identificar a concepção mecânica da natureza humana, a construção sensorial     das     ideias, o destaque dado às sensações como seu fundamento e, por fim, a noção de movimento que subjaz à de natureza.

Na Era Moderna diversos acontecimentos ocorreram no mundo. Vários intelectuais de destaque surgiram. No universo do conhecimento, várias quebras de paradigmas aconteceram.

Neste contexto, talvez, indagações como estas foram feitas: O que é o homem? O que move o homem? O homem vive em busca de quê? Respostas para estas perguntas se deram de diversas formas, em momentos diferentes. No início falavam que era o amor e o ódio; Já no meio, ou na fase intermediária pensavam que era o desejo; E, no fim da Era Moderna, entenderam que era o prazer e o desprazer. 

Por volta do século XVII, era do mecanicismo, surge Hobbes. Sua Filosofia, juntamente com a de Candillac e Loocke colaboraram no campo teórico de concepções de Freud.

Para Hobbes, a natureza humana é a soma das suas faculdades e potências naturais, tais como as faculdades da nutrição, movimento, geração, sensação, razão, etc. Unanimemente, chamamos estas potências de naturais, e elas estão contidas na definição do homem sob estas palavras: animal e racional. Dessa forma, foram dividida as faculdades em: corpo e mente.

Assim, as do corpo foram divididas em três: categorias: potência nutriz, motriz e geratriz. Quanto às da mente, ele reconheceu apenas dois tipos: a cognitiva (também chamada imaginativa ou conceptiva) e a motriz.

Segundo Hobbes, a causa da sensação é o corpo exterior, ou seja, que pressiona o órgão próprio de cada sentido [...] a qual pressão, pela mediação dos nervos, e outras cordas e membranas do corpo, prolonga para dentro em direção ao cérebro e coração, causa ali uma resistência, ou contrapressão, ou esforço do coração, para se transmitir; cujo esforço, porque para fora, parece ser de algum modo exterior. É a essa aparência, ou ilusão, que os homens chamam sensação.

Diante dos fatos Hobbes chegou a seguinte conclusão: “a imaginação nada mais é, portanto, senão uma sensação diminuída, e encontra-se nos homens, tal como em muitos outros seres vivos, quer estejam adormecidos, quer estejam despertos” (1651, p. 11).

Hobbes dispensava qualquer Lei Natural ou qualquer autoridade sobrenatural. Ele era abertamente utilitarista. Para o utilitarista, o que importa é a felicidade. Neste caso entende-se por felicidade o prazer e a ausência de dor. Já por infelicidade, a privação do prazer. Vale lembrar que, quem criou um sistema de ética baseado no prazer foi Jonh Stuart Mill.

Freud relacionou o funcionamento do corpo ao mecanicismo do prazer, ou seja, fuga do desprazer. Mas o que é o homem? Como ele pode ser pensado? Ele pode ser pensado para Freud, como princípio do prazer.

Além das várias contribuições de Freud, na construção do edifício do conhecimento, ele fez também relações do corpo e alma, bem como as paixões, a partir das perspectivas da História da Filosofia Moderna. Então, o que marca o advento da produção teórica de Freud? Com Freud, o homem quer o repouso, ou seja, o escoamento. O “pai da psicanálise” ao analisar os estudos realizados anteriormente sobre o principio do prazer, ele o resignifica. O Médico criador da psicanálise identifica a ideia da fuga da dor. 

Vale ressaltar a importância de tratar Freud como texto, ao estudar a Filosofia da Psicanálise, segundo o professor, Francisco Bocca. Um fator importante é que ele busca superar o estruturalismo. Também, é importante identificar o lugar que Freud ocupou na História da Ciência, da Filosofia e da Psicologia.


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