Autor: Vladimir Safatley,
disponibilizado na página: http://www.especializacao.aperfeicoamento.ufes.br/course/view.php?id=288.
Introdução: A
resenha do vídeo, referente à palestra, do professor Vladimir Safatley, visa
atender o pré-requisito parcial para aprovação na disciplina, Freud como
Teórico da Modernidade Bloqueada, pertinente ao curso de nível de
Especialização em Filosofia e Psicanálise, pela UFES.
O
vídeo tem duração de aproximadamente: 1h12min. Foi realizado na UFES, que está
localizada em Vitória, ES.
Resumo: É importante
ressaltar que o objetivo do palestrante não era simplesmente a de fazer
abordagens, nos aspectos de Filosofia e Psicanálise. Mas, sim, de apresentar
uma introdução, onde a proposta é fazer uma reflexão entre Psicanálise e Teoria
Social, com algumas questões filosóficas de fundo.
Para
isso, o Palestrante, fez o uso dos recursos dos ensinamentos de Freud e Hoobes,
visando sistematização do pensamento sobre o destino do corpo político. Na
oportunidade falou sobre o comportamento social, ligada a psicologia do sujeito.
Neste
contexto, ele citou Max Weber, (A Ética Protestante e o Espírito do
Capitalismo), desenvolvido pelo Calvinismo. Aqui é importante ter em mente, que
esta obra é uma defesa aberta ao capitalismo.
Vale
destacar que Freud compreende a vida social a partir do desenvolvimento
progressivo de três grandes visões de mundo: a animista, a religiosa e a
científica. Cada
uma se equivaleria, de uma maneira aproximativa, a momentos de desenvolvimento
subjetivo. Elas se organizam como correspondente de uma processo de maturação
subjetivo que vai na direção:
1 –
ao narcisismo primário, com seus processos projetivos;
2 –
Posteriormente, a experiência do desamparo, com a internalização da Lei Social
através da constituição de uma instância moral de observação (o supereu)
internalização pelos sujeitos;
3 –
Por fim, ao esboço de realização de expectativas emancipatórias.
Já
no que diz respeito à análise do político, esta perspectiva freudiana nos exige
deslocarmos o foco da análise, das regras que pretensamente estrutura a vida
social às fantasias que realmente sustentam tais regras. Portanto, não é por
outra razão que o ponto cego de nossas teorias da democracia é uma teoria de
liderança, ou ainda, uma teoria de como periodicamente caímos em lideranças
capazes de reduzir o político à mobilização libidinal do medo, do desamparo e
de demandas fantasmáticas de segurança.
Para Freud,
o amadurecimento da espécie humana exige um gradual abandono da religião e a
substituição por um modo mais adulto de lidar com instintos destrutivos: a
razão, à qual a religião se opõe claramente. Ao instituir um Pai transcendente
que castiga quem transgride os tabus, a religião garantiu o mínimo de paz e
convivência necessárias à produção do conforto e segurança que a civilização
oferece.
Freud dizia
que Deus era fruto do nosso sentimento de culpa por termos matado um pai
primordial. Será qual contexto que o levou a sistematizar seu pensamento
por este ângulo? A religião seria fruto de um parricídio, do homem tentando
expiar a culpa criando um Deus para cultuar.
Conclui-se
com este vídeo o quanto é importante Freud para o desenvolvimento do pensamento
da humanidade. É essencial para quem quer construir o edifício do conhecimento,
voltado para a Psicanálise, Psicologia, Filosofia e outras áreas ligadas às
questões mentais.
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