quarta-feira, 14 de março de 2018

Resenha sobre o vídeo: Freud, Hobbes e o destino corpo político.



Autor: Vladimir Safatley, disponibilizado na página: http://www.especializacao.aperfeicoamento.ufes.br/course/view.php?id=288. 

Introdução: A resenha do vídeo, referente à palestra, do professor Vladimir Safatley, visa atender o pré-requisito parcial para aprovação na disciplina, Freud como Teórico da Modernidade Bloqueada, pertinente ao curso de nível de Especialização em Filosofia e Psicanálise, pela UFES.  

O vídeo tem duração de aproximadamente: 1h12min. Foi realizado na UFES, que está localizada em Vitória, ES.

Resumo: É importante ressaltar que o objetivo do palestrante não era simplesmente a de fazer abordagens, nos aspectos de Filosofia e Psicanálise. Mas, sim, de apresentar uma introdução, onde a proposta é fazer uma reflexão entre Psicanálise e Teoria Social, com algumas questões filosóficas de fundo.

Para isso, o Palestrante, fez o uso dos recursos dos ensinamentos de Freud e Hoobes, visando sistematização do pensamento sobre o destino do corpo político. Na oportunidade falou sobre o comportamento social, ligada a psicologia do sujeito.

Neste contexto, ele citou Max Weber, (A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo), desenvolvido pelo Calvinismo. Aqui é importante ter em mente, que esta obra é uma defesa aberta ao capitalismo.

Vale destacar que Freud compreende a vida social a partir do desenvolvimento progressivo de três grandes visões de mundo: a animista, a religiosa e a científica. Cada uma se equivaleria, de uma maneira aproximativa, a momentos de desenvolvimento subjetivo. Elas se organizam como correspondente de uma processo de maturação subjetivo que vai na direção:
 
1 – ao narcisismo primário, com seus processos projetivos;
2 – Posteriormente, a experiência do desamparo, com a internalização da Lei Social através da constituição de uma instância moral de observação (o supereu) internalização pelos sujeitos;
3 – Por fim, ao esboço de realização de expectativas emancipatórias.

Já no que diz respeito à análise do político, esta perspectiva freudiana nos exige deslocarmos o foco da análise, das regras que pretensamente estrutura a vida social às fantasias que realmente sustentam tais regras. Portanto, não é por outra razão que o ponto cego de nossas teorias da democracia é uma teoria de liderança, ou ainda, uma teoria de como periodicamente caímos em lideranças capazes de reduzir o político à mobilização libidinal do medo, do desamparo e de demandas fantasmáticas de segurança.

Para Freud, o amadurecimento da espécie humana exige um gradual abandono da religião e a substituição por um modo mais adulto de lidar com instintos destrutivos: a razão, à qual a religião se opõe claramente. Ao instituir um Pai transcendente que castiga quem transgride os tabus, a religião garantiu o mínimo de paz e convivência necessárias à produção do conforto e segurança que a civilização oferece.

Freud dizia que Deus era fruto do nosso sentimento de culpa por termos matado um pai primordial.  Será qual contexto que o levou a sistematizar seu pensamento por este ângulo? A religião seria fruto de um parricídio, do homem tentando expiar a culpa criando um Deus para cultuar.

Conclui-se com este vídeo o quanto é importante Freud para o desenvolvimento do pensamento da humanidade. É essencial para quem quer construir o edifício do conhecimento, voltado para a Psicanálise, Psicologia, Filosofia e outras áreas ligadas às questões mentais.

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