Será como está sendo a postura do mestre na contemporaneidade?

 Autor: Ademilson Marques de Oliveira

Segunda a historiografia, desde a antiguidade já se deparava com estas posturas de mestrias, tanto a do mestre instrutor como a do mestre emancipador. Será como está sendo a postura do mestre na contemporaneidade?

A pedagogia dos Sofistas estava voltada para o modelo do mestre instrutor, ou seja, o modelo de educação tradicional, bastante presente em grande parte de nossas escolas, em pleno século XXI. O mestre instrutor é o “dono do saber”; Já o mestre emancipador, proposto por Joseph Jacotot, encaminha os alunos para utilizar sua própria inteligência. Inclusive, ele critica Sócrates, assinalando que ele não propôs a partir do seu método, uma emancipação intelectual. Embora, Sócrates tenha revolucionado o ensino na sua época. Fato que levou a perder a própria vida, ao ser condenado a tomar cicuta.

Vale ressaltar algumas posturas do mestre instrutor, tais como: cumprir obrigações. Assume a função de transmissor e reprodutor de conhecimentos, exigindo de seus alunos o adestramento e a domesticação. Ele busca as competências técnica, teórica e a inteligência cognitiva. Ele é o centro do saber.

Por outro lado, o mestre emancipador compreende que o aluno está em lugar de igualdade, no processo educativo. Que aluno pode inclusive aprender sem mestre. Neste contexto, o aprendiz aprende pela tensão de seu próprio desejo.

Umas das características do mestre emancipador é buscar além das competências técnica e teórica, é valorizar principalmente, as competências éticas e estéticas, as inteligências cognitivas, intuitiva e emocional. Esse tipo de mestre problematiza conteúdos para que os aprendizes reflitam e compreendam criticamente.

Portanto, o modo de ensinar do mestre instrutor está entrelaçado com o modelo educacional tradicional, onde se apresentava como um juiz da explicação, onde se decretava o inicio do ato do aprender, do outro. Já o mestre emancipador se apresenta com um modo de valoração dos saberes de todos os envolvidos no processo educativo. Os alunos tem uma participação ativa neste processo.

Vale ressaltar que estas duas posturas estão presente nos ambientes educacionais, embora, talvez, não há muito espaço para a didática do mestre instrutor. O mundo mudou. A sociedade mudou. Os alunos mudaram. Da mesma forma, a relação de ensino e aprendizagem precisa de ser repensada. É necessário de que a gestão do conhecimento, da aprendizagem seja radicalmente democrática. Assim, a contemporaneidade busca incansavelmente por mestres emancipadores.

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