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O Existencialismo de Sartre

Autor: Ademilson Marques de Oliveira O Existencialismo de Sartre Para Sartre, nada pode esmagar o homem, nada lhe vem de fora, ou de dentro, que deva simplesmente aceitar ou receber. O homem não tem uma natureza que deva necessariamente seguir. O homem não é um ser, mas um fazer e a sua única condenação é a de ter de se fazer até os seus últimos detalhes. Todo o "sartrismo" parece está baseado num enorme equívoco, numa leitura deficiente ou má compreensão da obra da Heidegger. É o próprio Heidegger quem observa em seu trabalho "Carta sobre o humanismo": "Sartre enuncia o princípio fundamental do Existencialismo da seguinte maneira: a existência precede a essência. Toma, portanto, existência e essência no sentido da metafísica que, desde Platão, afirmava que a essência precede a existência. Ora, a inversão de um enunciado metafísico continua a ser um enunciado metafísico. com isto, ele se aprofunda no pensar metafísico do esquecimento do ser".

Reflexões sobre o ser

Autor: Ademilson Marques de Oliveira Reflexões sobre o SER Diferente de Descartes, que define ideias como atos do pensamento, e do conceito de Kant, que diz que ideias são meros entes do nosso pensamento, ou entes da razão. A ideia platônica é algo real. Mais do que isso: as ideias platônicas são o que há de mais real, são os princípios supremos de toda a realidade. As ideias platônicas são realidades supremas, que contém as formas das coisas sensíveis. Elas são protótipos que encerram em si o sentido mais próprio de tudo quanto percebemos. Segundo Platão, nada do que está sujeito à geração e à corrupção pode constituir o ser das coisas em sentido mais próprio. Podemos dizer que as coisas que percebemos têm um ser, mas não é o ser. O devir só é enquanto vem a participar das ideias. Platão atribuiu as suas ideias a um estatuto de realidade transcendente, da mesma forma como Sócrates considerava a alma. Segundo Platão a ideia só pode ser aprendida por aquilo que em nós lhe

A Contribuição de Sócrates para a História da Metafísica

Autor: Ademilson Marques de Oliveira A Contribuição de Sócrates para a História da Metafísica A contribuição de Sócrates para a história da Metafísica é tanto negativo quanto positivo. A diferença entre esses dois pontos é que analisando o lado negativo percebemos que Sócrates não aceita a Teoria dos Físicos, fazendo assim seus sucessores, principalmente Platão e Aristóteles, que foram ousados aos buscar os princípios supremos das coisas além da natureza corpórea, abrindo caminho para o conhecimentos suprassensíveis. No entanto, a doutrina da alma de Sócrates apontava para uma visão nova e transcendente, na medida em que a alma socrática transcende o corpo, como uma entidade sobre natural e, ao menos incorpórea. A partir da tese apontada por Sócrates sobre a Metafísica, Platão introduziu seus próprios pensamentos, numa perspectiva espiritualista totalmente nova, e é nela que Metafísica surgirá com todas as suas cores, num legado imortal para a história da disciplina. Porém

O ser humano como indivíduo

Autor: Ademilson Marques de Oliveira O ser humano como indivíduo Nietzsche e Freud adotam como ponto de partida o ser humano como indivíduo e não como gênero antropológico ou conjunto de relações sócio-econômico-políticas. Para Nietzsche, a religião cristã acaba enfraquecendo a vontade da vida ao enfatizar o sofrimento e disseminá-lo por meio da compaixão. Além disso, o incentivo a um comportamento de ovelhas de rebanho também acaba levando a uma fraca de vida, que não afirma a vontade diante do nada, mas se acovarda no medo e na culpa. Também a valorização da vida após a morte acaba servindo ao propósito de enfraquecer a vida. Esse tipo de deus que não responder ao niilismo e que promete uma solução redentora para todos, mas que nunca acontece, segundo Nietzsche, estaria morto. Para Freud, a religião teria sido uma forma importante de reprimir os instintos destrutivos dos indivíduos e que poderiam destruir a capacidade humana da vida em sociedade. Na medida em que isso é vita

Quem é Deus para Marx?

Autor: Ademilson Marques de Oliveira Quem é Deus para Marx? Marx entende que a essência humana não constitui uma realidade. Ele afirmava: que a miséria religiosa constitui ao mesmo tempo a expressão da miséria real. A religião é o suspiro da criatura oprimida, o íntimo de um mundo sem coração e a alma de situações sem alma. É o ópio do povo. Para ele a crítica da religião de Feuerbach permite ao homem reconquistar a razão, afim de que ele gire em torno de si mesmo e não mais de um Deus que não existe, mas de seu verdadeiro sol. Para Marx, a miséria real não é a que decorre da perda de uma essência projeta num Deus que não existe. Para ele, de fato, Deus não existe, e a religião não decorre disso, mas das condições materiais de produção da história, que geram um mundo invertido que valoriza as coisas e desvaloriza as pessoas. A religião é parte dessa visão invertida do mundo, mas apenas como consequência. Ela é uma ideologia que legitima a ordem capitalista ao entorpecer a cons

A Religião na visão de Feuerbach

Autor: Ademilson Marques de Oliveira A Religião na visão de Feuerbach Segundo Feuerbach, a religião se torna fonte de opressão e deve ser superada pela tomada de consciência de si mesmo pelo ser humano. Para ele, é preciso superar a religião como busca de relacionamento com deus enquanto realidade transcendente. Feuerbach acredita que devido a religião ser invenção humana, ela aliena o homem de si mesmo, pois a essência do homem é primeira projetada em Deus, para depois ser reconhecida pelo próprio ser humano por essa via indireta. Deus não é mais do que uma projeção de nossa essência genérica, na qual se concentram todas as qualidades humanas em sua forma mais perfeita. a essência do homem está nos seus mais altos poderes: a razão, o amor e a vontade, que são aquilo que o distinguem e que dão o sentido de sua existência. Portanto, para Feuerbach, a realização humana pressupõe a superação da alienação religiosa por meio de uma tomada de consciência de sua própria realid

O que é o Ateísmo?

Autor: Ademilson Marques de Oliveira O que é o Ateísmo? O ateísmo é simplesmente a negação do teísmo. Se Tomarmos o teísmo com a afirmação da crença em Deus, temos que ateísmo é a negação da crença de Deus existe. Para o ateu, pelo o fato da crença em Deus não corresponder a uma realidade, ela é simplesmente falsa. Se há muitas compreensões de Deus, então há também muitas maneiras de se negar a crença em Deus. Pressupondo-se que um determinado credo religioso rejeita o modo como Deus é concebido por outro credo, então é possível ser religioso e ser ateu nesse sentido. Em termos amplos, pode-se considerar o ateísmo a negação do divino, de qualquer visão de mundo religiosa que procure relacionar, por meio de um caminho de reconciliação ou salvação, os seres humanos a uma realidade tida como não meramente humana, uma realidade divina. Esse componente geral é que está pressuposto na tese de que a irreligiosidade é um fenômeno cultural raríssimo na história humana e bastante ev