Postagens

A Política em Hannah Arendt

Autor: Ademilson Marques de Oliveira A Política em Hannah Arendt Segundo Hannah Arendt, a separação platônica entre o ser a aparência marcou um passo histórico que não ficou restrito à experiência grega, mas propalou-se por toda a civilização ocidental. A desvalorização da aparência como o lugar do não ser a afirmação do ser como que sujas ao aparente marca de maneira decisiva o modo de pensar ocidental. No projeto de Arentd, por não existir uma identidade originária, não somos seres políticos por natureza. Ela pode ou não ocorrer entre nós. Diferentemente das tentativas husserlianas e heideggerianas sobre os outros, a ação política arendtiana é sempre uma interação com os outros.

A relação entre Agamben e Foucault

Autor: Ademilson Marques de Oliveira A relação entre Agamben e Foucault O direito, segundo Agamben não tem relação nem com a justiça, nem com a verdade. Interessam ao direito apenas o procedimento e a conclusão jurídica. Para Foucault, o direito fica ligado a um poder soberano tradicional não alcançando as novas estruturas do poder, as quais se articulam no contexto da biopolítica. A dúvida de Agamben acerca de Foucault é simples: Foucault, ainda que falando sobre a biopolítica, não chegou as consequências dramáticas da Modernidade, como a experiência dos campos de concentração, do poder de vida e morte sobre as pessoas. As dúvidas de Agamben acerca dos projetos de Foucault e Hannah Arendt aparecem já no livro Homo sacer. Agambem quer compreender essa mudança moderna nas relações entre zoé e bios. Articulando essa nova relação, e inclusão de zoé no bios, a vida na política, é que Agamben vai criticar Foucault e avisar acerca das consequências catastróficas da identidad

A Ética na Comunidade da Comunicação

Autor: Ademilson Marques de Oliveira A Ética na Comunidade da Comunicação Não há dúvidas de que a ética de Lévinas rompe radicalmente com o modernismo. A introdução do outro faz um contra-ponto enorme à ética do "eu", que chega ao apogeu no übermensch de Nietzsch - incompatível com a necessidade de encontrar, conhecer, reconhecer e acolher o outro.  Pensar a ética, trazendo a perspectiva do outro, é algo realmente muito novo - não obstante outros filósofos anteriores, como Hurssel, já tenham abordado o outro em suas proposições (ao meu ver de modo insatisfatório). Agora, algo a ser pensado com maior reflexão: em que medida a proposição ética a partir do pressuposto da comunidade da comunicação é ainda moderna e em que medida a supera? São claras as relevantes contribuições de Habermas para a filosofia contemporânea, seja no âmbito da linguagem, seja na ética; talvez, em alguns pontos ficam duvidosos e achamos válida a crítica; sendo assim, elencamo

Fenomenologia e Modernidade

Autor: Ademilson Marques de Oliveira Fenomenologia e Modernidade Podemos caracterizar a Fenomenologia como uma alternativa das abordagens psicológicas da consciência, buscando uma nova possibilidade de objetividade. O método fenomenológico está baseado em três reduções: A primeira é a fenomenológica, ou epaché, na qual a presença de um objeto na consciência é tão somente descrita, sem pressupostos teóricos, sem conexões de causa e efeito e também sem o emprego de premissas usualmente tidas como certas pelo o senso-comum. Enfim, a descrição de algo presente à consciência não implica dizer que esse algo existia de fato. A segunda redução é eidética, que consiste numa reflexão para intuir a essência do objeto presente na consciência. O conhecimento da essência dos objetos, consoante a fenomenologia, é impossível e importante. Tal método seria aplicável até mesmos as entidades matemáticas. Portanto, a fenomenologia propõe-se a ser uma ciência que produza conhecimento de essências.

Sobre Nietzsche

Sobre Nietzsche Autor: Ademilson Marques de Oliveira Nietzsche nasceu em 15 de outubro de 1844, em Rocken, nas proximidades de Lutzen. Estudou filologia clássica em Bonn e em Lípsia, onde teve por mestre Friedrich Ritschl. Foi um estudioso da obra de Schopenhauer, esta leitura foi de bastante importância para o desenvolvimento do pensamento deste teórico. Nas pegadas de Schopenhauer, Nietzsche entende que a vida é cruel e cega irracionalidade, dor e destruição. Só a arte pode oferecer ao indivíduo a força e a capacidade de enfrentar a dor da vida. Em 1872, o filósofo em sua obra: " O nascimento da tragédia " procura mostrar que a civilização grega pré-socrática explodiu em vigoroso sentido trágico, que é aceitação extasiada da vida, coragem diante do destino e exaltação dos valores vitais. No anúncio da "morte de Deus", para Nietzsche o homem elimina o mundo do sobrenatural, mas, assim, fazendo, infringe também o quadro dos valore e ideais a ele ligados

Falando de Karl Marx

Autor: Ademilson Marques de Oliveira Falando de Karl Marx  O pensamento de Marx formou-se em contato e contra a Filosofia de Hegel, as ideias da esquerda hegeliana, as obras dos economistas clássicos e as obras dos socialistas que ele mesmo chamaria de utópico. O afastamento de Marx em relação a Hegel fica claro desde os seus primeiros escritos, a começar pela crítica da Filosofia do direito de Hegel (1844). Marx foi um grande crítico, como vemos de Hegel, dos economistas clássicos, do socialismo utópico, de Prodhon, da religião entre outras. Para Marx, no mundo burguês, a filosofia, a arte seriam sempre expressões de um determinado traço marcante no mundo. Esses mecanismos eram forças da elite dominante com a finalidade de dominar a classe pobre da sociedade. Portanto, em Karl Marx, deparamos em suas obras escritos importantes sobre a " A Luta de Classes". Nesta obra é encontrada a afirmação de que A história de toda a sociedade que existiu até o momento é a h

FILOSOFIA DA RELIGIÃO

Autor: Ademilson Marques de Oliveira A Religiosidade da Visão de Welte Segundo Welte, na religião, o ser humano se encontra determinado e referido a Deus. No entanto, num tempo em que cresce o ceticismo e a descrença em deus, é preciso identificar os meios pelos quais Deus, é preciso identificar os meios pelos quais Deus pode ser vivido na Religião a partir das experiências humanas comuns. Welte propõe que são três as experiências fundamentais que permite falar em geral da experiência do divino: a experiência da existência, a experiência do nada e a do postulado do sentido. O primeiro fato a partir do qual Welte pretende encontrar indícios da experiência religiosa é o da existência, ou seja, de que estamos aqui em nosso mundo. A segunda experiência fundamental nessas considerações é a experiência de que em algum momento não estávamos aqui e em algum momento já não estaremos mais. Trata-se da experiência do nada. A presença íntima do nada na existência tem consequências i